Relações Internacionais

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Guerra, paz e hegemonia: as ações dos estados unidos na guerra ao terror como mecanismo de defesa aos ataques terroristas e reafirmação de poder
(2024-06) ROBERTO, Bruna Ribeiro
No dia 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos da América, ocorreram atentados terroristas não apenas ao World Trade Center, mas também ao Pentágono, ocasionando uma sucessão de eventos que culminariam no início do que hoje conhecemos como a Guerra ao Terror. A partir disso, utilizando a teoria do Realismo Estrutural de Kenneth Waltz como base, o presente trabalho tem como finalidade analisar a postura dos Estados Unidos perante os ataques terroristas. Além disso, através da revisão bibliográfica do tema e pesquisas documentais ex post facto, esta obra busca investigar se a tentativa de reafirmação da hegemonia americana impactou nas extremas medidas tomadas pelo Estado durante a guerra, e desta forma criticar as consequências sociais e humanitárias das políticas antiterroristas tomadas pelos estadunidenses e a forma como a mídia norte-americana passa a imagem dos Estados Unidos na Guerra ao Terror para o mundo, utilizando-a principalmente como uma espécie de arma contra o eixo do mal.
As relações através do atlântico: uma análise da cooperação entre o Brasil e a África no governo Luís Inácio Lula da Silva (2003-2011)
(2024-06) SOUZA, Jhenifer Melo
O Governo Luís Inácio Lula da Silva, adotou uma política externa marcada pelo multilateralismo e pela busca de maior autonomia no cenário internacional, o que se refletiu em uma aproximação estratégica com o continente africano. Está presente pesquisa visa apresentar, as relações através do atlântico mediante a análise da cooperação entre o Brasil e a África no Governo Lula (2003-2011). Tendo em vista a política externa brasileira, o que justifica a relevância deste estudo contribuindo significativamente para o campo acadêmico ao oferecer uma análise crítica da cooperação entre o Brasil e os países do continente africano, destacando a necessidade de uma abordagem mais inclusiva e equitativa da política externa brasileira. Para tanto é necessário analisar a partir da abordagem histórica e analítica, investigando os principais fatores que motivaram o fortalecimento das relações diplomáticas e comerciais entre o Brasil e a África, bem como os impactos e os resultados dessa cooperação. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa de natureza básica com o objetivo explicativo, sendo caracterizada como uma revisão bibliográfica. De modo que os resultados demostraram que a cooperação Brasil-África durante o Governo Lula não apenas fortaleceu os laços históricos e culturais, mas também contribuiu para a projeção do Brasil como um ator relevante no âmbito da cooperação sul-sul.
Duas décadas da agenda mulheres, paz e segurança: perspectivas das operações de paz na união africana
(2024-06) BRAGA, Marcelle Manso
A agenda Mulheres, Paz e Segurança completa duas décadas desde sua adoção pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, representando um marco na promoção da igualdade de gênero e na proteção dos direitos das mulheres em contextos de conflitos. Nesse período, as operações de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) têm enfrentado desafios significativos na implementação desses princípios, destacando a necessidade contínua de avançar na inclusão efetiva das mulheres em todos os aspectos da paz e da segurança. Este trabalho analisa as perspectivas das operações de paz da União Africana em relação a essa agenda, enfocando a importância da participação das mulheres na prevenção de conflitos, na construção da paz e na promoção da segurança. Além disso, destaca-se a necessidade de fortalecer os mecanismos de proteção dos direitos das mulheres em áreas afetadas por conflitos armados, bem como garantir a participação delas, de forma significativa, na tomada de decisões e na construção de instituições inclusivas e resilientes.
A política do governo francês no que se refere a refugiados e imigrantes frente ao avanço no esporte.
(2024-06) MORAIS, Giulia Rodrigues
A proposta desta pesquisa é realizar uma análise abrangente do posicionamento do governo francês em relação aos imigrantes e refugiados, explorando também sua interseção com o mundo do esporte. Ao examinar a política francesa à luz da teoria neorrealista das relações internacionais, este estudo pretende investigar a postura adotada pelo governo francês, destacando possíveis discrepâncias no tratamento dado aos imigrantes e refugiados. Além disso, busca-se contribuir para uma compreensão mais profunda dos fluxos migratórios no contexto internacional, identificando os fatores políticos e sociais que influenciam esses movimentos populacionais. A natureza da pesquisa do presente trabalho é básica, focando em uma abordagem qualiquantitativa com objetivo explicativo, procedimentos de estudo de caso e bibliográfico. Ao aprofundar o conhecimento acerca das complexidades da imigração e seus impactos esta pesquisa visa evidenciar as possíveis incoerências do governo francês no tocante a utilização de imigrantes e refugiados em competições esportivas.
A inserção internacional do Vietnã: perspectivas sobre o desenvolvimento nacional e as relações políticas e comerciais pós Doi Moi
(2024-06) LOIOLA, JULIA TAVARES
O presente trabalho tem por objetivo elencar a participação internacional do Vietnã, o seu desenvolvimento ao longo das décadas. Na contemporaneidade, o país tem apresentado um crescimento exponencial, visto que ao longo da sua história de formação, esteve presente em pelo menos 3 guerras por um curto período e ao final da guerra fria, com a queda do bloco soviético, apresentou-se como um país muito fragilizado economicamente e excluído do cenário internacional. A solução foi a sua abertura de mercado em 1986 chamado de Doi Moi, que possibilitou um disparo na economia e nas suas relações políticas e comerciais. Um grande fator para que essa nova fase do país prosperasse, foram as relações com o Japão que investiram massivamente e fizeram políticas nas quais pretendiam aprofundar seus laços com o sudeste asiático. Em contrapartida, as relações com a China foram estruturadas no âmbito comercial, mas que ainda apresentam divergências, ressentimentos e competitividade entre as partes. Para além disso, apresentarei com uma abordagem neorrealista a retórica de como se dão as relações Nipo-Vietnamitas em decorrência do asseguramento na segurança nacional de ambos os países e a estabilidade da Ásia, em questão das relações com a China, considerando a disputa pelo mar do sul como uns dois maiores fatores de tensão entre eles.
Soft power cultural Sul-Coreano: O Hallyu como instrumento político
(2024-06) SOUZA, Victor Vieira dos Santos Vasconcelos de
Este trabalho tem como finalidade analisar o Hallyu como Soft Power, um movimento cultural que a pouco tempo atrás era só uma manifestação artística local e se tornou numa gigantesca fonte de poder para a Coreia do Sul. Esta que se proliferou de forma assustadora na região e logo depois alçou voos maiores, pegando carona com o novo cenário internacional que em constante evolução exponencial, encontrou na tecnologia uma oportunidade de promover sua cultura que logo se tornara diplomacia e fonte de poder político. O Hallyu, comumente conhecido como “Onda Coreana”, é dividido em fases e engloba tudo o que se possa imaginar como cultural, estes que atualmente são atribuídos o prefixo “K” para identificá-los, são alguns: K-Culture, K-Pop, K-Food, K-Beauty, K-Drama, K-Content. É muito comum dividir o K-Pop do Hallyu, porém estes já se tornaram praticamente sinônimos para quem os conhece e usa, a cultura popular coreana ultrapassou as barreiras regionais com seus dramas sendo exibidos em redes nacionais e gigantes do Streaming global. Propiciando ao Estado, usar de seus meios para solidificar sua influência e projeção de poder para além de sua península e região através desse fenômeno. O estudo se utiliza da metodologia de estudo de caso, se apoiando nas pesquisas acerca do tema, com uma abordagem qualitativo para elucidar graficamente sua evolução e analisando o tema com objetivo explicativo, apontando seus desafios no intervalo de tempo que compreende sua penumbra em 1990, para seu lugar ao sol nos dias atuais.
A análise da interdependência comercial brasileira no contexto do BRICS: um estudo comparativo entre os governos Luiz Inácio Lula da Silva (2008 – 2011) e Jair Messias Bolsonaro (2019 – 2022)
(2024-06) MORENO, Victor Hugo Santos Tito
Após o fim da guerra fria, os EUA se dispuseram como potência mundial hegemônica, submetendo sua cultura, política e economia para todos os continentes, ditando uma nova ordem global. Entretanto, já nas décadas de 1980 e 1990, Estados não alinhados também almejavam seu espaço no cenário internacional. Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, economias emergentes e líderes regionais estavam determinados pela inserção internacional, traduzindo este objetivo, formaram um grupo de estados emergentes com interesses afins, o grupo dos BRICS. No início dos anos 2000 estes Estados começaram o processo de interação cada vez mais intenso, com as crises da década de 1990 e a crise de 2008-2009, os Estados Unidos e Europa estavam com suas economias fragilizadas, fazendo com que os países emergentes buscassem alternativas que os deixasse menos dependentes do eixo EUA-EU. A teoria da interdependência de Robert O. Keohane e Joseph S. Nye exemplifica, através de dados comerciais como essa preferência por depender menos dos EUA e Europa tornou as economias de China, Índia, Brasil, Rússia e África do Sul mais dependente umas das outras. Dados recentes de exportações e importações mostram neste artigo como a economia brasileira se tornou mais sensível, vulnerável e interligada às economias dos Estados membros dos BRICS em dois momentos distintos. Durante os anos do governo Jair Bolsonaro, por mais que houvesse uma ruptura política com seu principal parceiro comercial e do BRICS, a China, o fluxo comercial manteve-se intenso e em expansão durante todos os quatro anos de governo.
Efeito dominó: a reação em cadeia dos embargos impostos à Rússia ao comércio exterior global
(2023-12) VIEIRA, Mariane dos Santos
Este trabalho analisa o impacto das sanções internacionais impostas à Rússia e seu desdobramento sobre o comércio exterior de outras nações. O objetivo é compreender como essas sanções têm influenciado as relações comerciais entre a Rússia e seus parceiros. As sanções, originadas de eventos e disputas geopolíticas, buscam pressionar a Rússia a adotar certas políticas e responsabilizá-la por suas ações em áreas de conflitos territoriais e interferências em assuntos internos de outros países. Entretanto, as sanções também têm um impacto significativo nas economias dos países envolvidos, especialmente no comércio exterior. A metodologia empregada neste estudo é de análise comparativa, envolvendo a coleta e análise de dados sobre o comércio exterior entre a Rússia e seus parceiros comerciais, além de uma revisão aprofundada da literatura existente sobre o tema. O trabalho também considera estratégias adotadas pela Rússia e seus parceiros para lidar com as sanções e minimizar seus efeitos adversos. Ao fornecer insights sobre as estratégias de mitigação adotadas, o estudo busca contribuir para uma melhor compreensão do impacto das sanções internacionais aplicadas à Rússia e suas ramificações no comércio internacional. As conclusões apresentadas serão fundamentais para orientar recomendações de políticas visando reduzir os impactos negativos no comércio exterior e explorar oportunidades de cooperação econômica.
Refugiados na Alemanha: uma perspectiva neorrealista sobre políticas de integração
(2023-12) SANTOS, Leandro Luis Diniz dos
Este trabalho propõe uma análise abrangente das políticas de integração de refugiados e imigrantes na Alemanha, enquadrando-as à luz da teoria neorrealista de relações internacionais. Ao dividir-se em quatro capítulos distintos, a pesquisa inicia-se com um resumo da crise de refugiados, especialmente relacionada à Primavera Árabe e a Guerra Civil Síria, para fornecer um contexto global e entender as origens da migração em larga escala. O segundo capítulo concentra-se na crise de refugiados na Europa, com destaque para a União Europeia e a rota do Mediterrâneo, explorando as dinâmicas regionais e as respostas da UE a essa crise humanitária. O terceiro capítulo volta-se para as políticas de integração adotadas pela Alemanha, examinando as estratégias governamentais e os impactos sociais e regionais. O quarto capítulo apresenta uma análise da teoria neorrealista, relacionando seus princípios fundamentais com as práticas alemãs de integração de refugiados. Ao combinar elementos históricos, políticos contemporâneos e uma abordagem teórica sólida, o presente trabalho busca proporcionar uma compreensão abrangente das complexas relações entre a crise de refugiados, as políticas de integração e os princípios neorrealistas, contribuindo para o entendimento dos desafios globais contemporâneos.

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