Atenção em saúde em hospitais asilares para tratamento de hanseníase

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2011

Tipo de documento

Monografia

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências Humanas

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Pelegrini, Everton Morfim

Orientador

Lopes, Ana Maria Pereira

Coorientador

Resumo

Pessoas com histórico de hanseníase sofreram, ao longo dos últimos séculos, processos de exclusão social de toda ordem. Somente nas últimas décadas do século XX, foram consideradas como sujeitos de direitos. Considerando todo processo de exclusão atrelado à pessoa com hanseníase, buscou-se "caracterizar a percepção de pessoas asiladas com histórico de hanseníase, acerca dos cuidados disponíveis na rede de saúde." Esta pesquisa se configura por um estudo de campo, de natureza qualitativa e exploratória. Foram entrevistadas seis pessoas curadas da hanseníase, oriundos de instituição compulsória, asiladas devido concessão de tal direito por meio da política de saúde em vigor, no Hospital Santa Teresa da Grande Florianópolis. A escolha dos entrevistados se deu considerando as condições físicas e psicológicas, bem como, a disponibilidade em participar da entrevista, uma vez que muitos deles eram octogenários. O instrumento de coleta de dados utilizado foi uma entrevista semi-estruturada, pautada na percepção de pessoas asiladas acerca do seu processo de exclusão social devido à hanseníase, na atenção recebida pela rede pública de saúde, e nas condições psicossociais no cotidiano. O local da entrevista foi na residência asilar de cada entrevistado. Após o processo de coleta de dados, o material foi organizado, por meio de categorias. Dentre os resultados pode-se observar que estas pessoas, hoje estão asiladas, e "assistidas legalmente", no entanto, a falta de conhecimento e séries históricas de políticas públicas voltadas a grandes internações nos leprosários, levou-ás de formas muitas vezes desumanas, ocorrendo junto a esta segregação grande dependência institucional, seja por perda do contato social fora do leprosário, ou mesmo por não existir políticas de saúde adequadas no local em que residiam. Estas acabaram por se manter identificadas enquanto grupo portador de hanseníase, estabelecendo organizações a partir de suas relações quando da vigência da internação compulsória, tais como organização de casais e de trabalho, seguindo a disciplina da instituição total na qual estavam vivendo suas segregações. Pode-se perceber que tais pessoas não alcançam até o presente momento a percepção de serem sujeitos de direitos, e entre eles o da saúde, diretriz que pode ser um elemento importante de trabalho junto a pessoas que permanecem nesse tipo de instituição

Palavras-chave

Psicologia aplicada, Hanseníase - Aspectos psicológicos, Marginalidade social - Aspectos psicológicos

Citação

Coleções