Escuta da criança na mediação familiar
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Data
2009
Tipo de documento
Monografia
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Humanas
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Correia, Valdir Rosa
Orientador
Oltramari, Leandro Castro
Coorientador
Resumo
A mediação é uma prática não adversarial importante à nossa sociedade, facilitando a resolução de conflitos familiares, especialmente aqueles que surgem na separação de casais, dentre eles o da guarda dos filhos. Este trabalho teve por finalidade investigar as representações sociais dos mediadores advogados e mediadores psicólogos, acerca da escuta das crianças na mediação familiar, no processo de separação dos pais. Esta pesquisa foi classificada como exploratória de natureza qualitativa e o delineamento estudo de campo. Entre os dez mediadores participantes da pesquisa, nove atuam ou já atuaram no Serviço de Mediação Familiar nos Fóruns da região da Grande Florianópolis. O instrumento de coleta de dados utilizado foi uma entrevista com roteiro semi-estruturada com perguntas básicas norteadoras da pesquisa de tal forma a possibilitar ao participante a manifestação de seu pensamento e da sua prática. Os dados coletados com base nas falas dos entrevistados foram submetidos à análise de conteúdo por meio da categorização a posteriori. Os entrevistados entendem que a escuta da criança na mediação familiar raramente ocorre e quando ocontece é por iniciativa do mediador e não por uma política institucional; as categorias com maiores freqüências referentes aos procedimentos dos mediadores na escuta das crianças foram a necessidade de formação dos mediadores para escuta, ouvir as crianças separadas dos pais, o mediador precisa ter sensibilidade, responsabilidade do mediador com as crianças, explorar os sentimentos das crianças; quanto às atitudes dos mediadores diante da escuta da criança, as categorias que se destacaram foram a escuta da criança depende da característica de cada caso e favorável à escuta; e as categorias com maiores freqüências no que diz respeito à representação social da escuta da criança na mediação familiar foram a escuta como um auxílio na obtenção de mais informações/percepções sobre o caso para a instrumentalização técnica, a escuta como um auxílio a uma relação saudável entre pais e filhos, a escuta na mediação protege mais a criança, a criança é integrante da família, por isso deve ser ouvida, a escuta é benéfica em casos de guarda. Esses resultados demonstram a importância de explorar e de conhecer este tema para o desenvolvimento de práticas que possam ser aplicadas em programas de políticas públicas em benefício da sociedade
Palavras-chave
Mediação familiar, Crianças, Separação (Psicologia), Guarda de menores, Representação mental