O que quer uma mulher em relação ao amor?
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Data
2011
Tipo de documento
Monografia
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Humanas
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Stein, Deise
Orientador
Stotz, Maria do Rosário
Coorientador
Resumo
Percebe-se que a pergunta O que quer uma mulher?, que permeou toda a obra de Freud, ainda não se estancou em pleno século XXI. Ainda hoje verifica-se o quanto a mulher busca o amor, e o quanto tal busca pode vir acompanhada de sofrimento. Esta pesquisa lança foco sobre o tema do amor, sob o prisma da teoria psicanalítica, perpassando novamente a inquietante pergunta de Freud, propondo-se a discutir as principais queixas relativas ao amor encontradas na clínica psicanalítica em mulheres, à luz da psicanálise freudiana. É uma pesquisa qualitativa, de delineamento bibliográfico, com caráter exploratório e descritivo. Como fontes de informação foram utilizadas três dissertações de mestrado, que retratam queixas por amor de mulheres dirigidas a clínica psicanalítica, nos últimos dez anos, sob a forma de relatos ou depoimentos. A categorização foi o método de análise de dados utilizado, sendo que as categorias tomaram forma no curso da análise, de acordo com os objetivos da pesquisa e atreladas à fundamentação teórica da mesma. A pesquisa delimita o conceito de queixa utilizado no trabalho, por considerar que o sujeito se queixa de algo que o faz sofrer, e na medida em que a queixa é falada, é que se pode vislumbrar um sintoma psicanalítico, proveniente da verdade de um sujeito falante. Na sequência, investiga-se as contribuições teóricas sobre o amor e sobre a feminilidade em textos de Freud. Depois, identifica-se as queixas relativas ao amor encontradas nos relatos constantes nas bases de dados consultadas, e segue-se a análise e discussão das mais recorrentes, à luz da psicanálise freudiana. Como conclusão, percebe-se que, na contemporaneidade, a maioria das queixas das mulheres na clínica psicanalítica se refere à insatisfação amorosa, decorrente, precipuamente, da busca por relacionamento idealizado, da baixa autoestima das mulheres, da acusação de insuficiência do parceiro, do conflito de papéis de homem e mulher, da dificuldade em se separar do parceiro, além da vivência da infidelidade. Tais insatisfações causam sofrimento, expressado por cada mulher de modo singular. Interessante se pensar que, mesmo que o amor não se constitua como desejado, ainda assim, as mulheres não desistem dele, lançando-se a um incessante movimento de demanda do amor do outro, apesar do sofrimento que poderá vir a acompanhá-lo. Tais constatações ratificam o quanto a teoria Freudiana é atual, pois, mesmo que os sintomas do amor na clínica contemporânea sejam diferentes do século XIX, a sua essência se mantém a mesma
Palavras-chave
Amor - Aspectos psicológicos, Psicanálise, Feminilidade