O que ele deixou nunca vai passar: o significado atribuído à “cura” por pessoas sobreviventes de câncer na infância
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Data
2015
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Humanas
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Albino, Daniele
Orientador
Scherer, Alessandra d'Avila
Coorientador
Resumo
Com crescente número de casos de câncer na infância, e os avanços nos tratamentos, houve uma melhora significativa das taxas de cura dos pacientes. Contudo, os tratamentos do câncer ainda continuam muito agressivos, assim afetando muitos pacientes em diversos âmbitos da vida. Com isso, dá- se a preocupação com as possíveis sequelas desses sobreviventes. A pesquisa teve por objetivo a percepção de “cura” por pessoas sobreviventes de câncer na infância. Caracteriza-se como exploratória, de natureza qualitativa, estudo de caso e corte transversal, tendo como instrumento de coleta de dados uma entrevista semi-estruturada com roteiro pré-determinado, realizada com seis sobreviventes de câncer na infância. Os entrevistados falaram sobre suas percepções diante do recebimento do diagnóstico, período de tratamento, das dificuldades enfrentadas antes, durante e depois do tratamento de câncer. Os resultados demostram que o impacto a doença causou nas vidas dos entrevistados, fez com que não se sintam curados, mesmo após a alta médica, e todos os participantes afirmaram ter que conviver com sequelas oriundas do tratamento. Diante disso, a visão de cura apresentada, a partir da vivência da ambiguidade do estar curado e o não sentir subjetivamente a cura, assombra pelo medo de uma possível recidiva.
Palavras-chave
Sobrevivente, Câncer, Criança