Proposição de melhorias no processo de fabricação de água sanitária

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Data
2021
Tipo de documento
Relatório de estágio
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Engenharias
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Pereira, Ana Carolina Leopoldo
Orientador
Mazzucco, Marcos Marcelino
Coorientador
Limas, Alessandro de Oliveira
Resumo
A água sanitária é fabricada a partir do hipoclorito de sódio, um produto que possui inúmeras destinações como ação bactericida e alvejante, porém perde facilmente as propriedades devido a sua instabilidade e reatividade. Uma água sanitária de boa qualidade deve possuir o teor de cloro ativo dentro da faixa especificada pela ANVISA, descrito na RDC Nº 110, sendo entre 2,0% a 2,5%, devendo chegar ao final da sua validade com o teor de 2,0%. A degradação do teor de ativo na água sanitária é um dos problemas esporadicamente enfrentados pela empresa, pois, embora o produto fosse produzido em condições controladas para cumprir especificações, acabava por perder cloro ativo passando a estar não conforme logo após a sua produção. Pelo que foi observado e apresentado pela empresa, considerou-se a necessidade de fazer o levantamento das possíveis causas do problema de baixo teor de ativo da água sanitária, direcionando o estudo para o hipoclorito de sódio e para a água utilizada atualmente na fabricação, visando propor melhorias no processo de fabricação. Desta forma, foi analisado se há variabilidade no teor de cloro ativo nas bombonas de hipoclorito através da titulação iodométrica e avaliou-se a degradação do teor ativo presente no produto realizando-se análises com diferentes águas. Ao realizar-se os testes constatou-se que há uma variação de até 19,3% no teor das bombonas analisadas. Já ao analisar-se a influência da água na degradação do teor de ativo, logo após a produção, observou-se que ocorreu a diminuição imediata do teor ao fabricar o produto para 2,23% e 2,22%, respectivamente, para da rede de abastecimento público e água deionizada, teores que estatisticamente não apresentaram diferenças entre si. Contudo constatou-se através de uma equação obtida a partir da equação de Arrhenius que a degradação, de 0,28% é significativa ao ponto de o produto atingir o teor mínimo de 2,0% apenas 77 dias a 20°C e 33 dias a 30°C após a sua produção. Com a variabilidade constatada conclui-se que a maneira que o hipoclorito está sendo armazenado está influenciando diretamente no teor da água sanitária sendo indicado, para evitar essa variação, o armazenamento do produto em contêineres IBC. Com os testes realizados a partir das diferentes águas observou-se que a água utilizada na produção não está influenciando na degradação do teor do produto, ao ponto de deixá-lo não conforme, logo após a produção. Porém, para obter-se um resultado mais específico e com relação a sua influência é sugerido realizar a determinação do teor de cloro ativo do produto fabricado com as diferentes águas durante todo o seu período de validade, elaborando e analisando a sua curva de degradação.

Palavras-chave
Água sanitária, Hipoclorito de sódio, Teor de cloro ativo
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