(Des)acolhimento institucional: estudo de caso da trajetória de uma jovem negra

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Data

2020

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

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Área do conhecimento

Ciências Humanas

Modalidade de acesso

Acesso embargado

Editora

Autores

Kuhnen, Milena

Orientador

Botega, Gisely Pereira

Coorientador

Resumo

: According to the statistics of the National Council of Justice (2019), 92,47% of applicants accept to adopt only white children, having only 55,53% of the families that accept black children. Given these data, it is possible to notice that black children/teenagers are less likely to be adopted and are subject to spending more time in adoption homes, taking the risk of maybe never being adopted and remaining until the age of majority in a host institution. It is evident that these preferences of adopters for white children/teenagers occur due to the racism that has existed in our society since the 15th century. In view of this scenario, we sought to identify the possible effects on the mental health of young blacks who spent part of their lives in institutional care and were not adopted until the age of majority. This research presents itself as a case study and in order to carry out this case study, a young black woman from the region of Grande Florianópolis was interviewed. The narratives heard during the interview with the participant were analyzed based on the discursive practices of Mary Jane Spink and Benedito Medrado (2013), and it was obtained as a result that there is a possibility for young blacks to develop psychological suffering.
De acordo com as estatísticas do Conselho Nacional de Justiça (2019), 92,47% dos pretendentes aceitam adotar apenas crianças brancas, tendo somente 55,53% das famílias que aceitam crianças negras. Diante desses dados é possível perceber que as crianças/adolescentes negras têm menos chances de serem adotadas e estão sujeitas a ficar um tempo maior nas casas lares, correndo até o risco de talvez nunca serem adotadas e permanecerem até a maioridade em uma instituição de acolhimento. É evidente que essas preferências dos adotantes por crianças/adolescentes de cor branca ocorrem por conta de um racismo que existe em nossa sociedade desde o século XV. Diante desse cenário, buscouse identificar os possíveis efeitos na saúde mental de jovens negros/as que passaram parte da vida em acolhimento institucional e não foram adotados/as até a maioridade. A presente pesquisa se apresenta como um estudo de caso e para poder realizar esse estudo de caso foi entrevistada uma jovem negra da região da Grande Florianópolis. As narrativas escutadas durante a realização da entrevista com a participante foram analisadas a partir de práticas discursivas de Mary Jane Spink e Benedito Medrado (2013), e se obteve como resultado que há possibilidades dos/as jovens negros/as desenvolverem um sofrimento psíquico.

Palavras-chave

Jovem Negra, Saúde Mental, Acolhimento institucional.

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