O Processo de Individuação e a Espiral do Silêncio: reflexões socio-junguianas para as Relações Internacionais

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2020

Tipo de documento

Monografia

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências Humanas

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Florentino, Lucas da Rosa

Orientador

Rocha, Luciano Daudt da

Coorientador

Resumo

We have identified that internationalist studies lack a wider scope on the individual level of analysis, in order to accommodate not only prominent figures, but also the “ordinary individual”. To that end, we saw Psychology as a valuable area of study. Grounding ourselves in Jungian psychology, we can speak about the individual, as well as the “movements of the unconscious” (which seem to lie behind every social event), offering us an important perspective to comprehend the underlying dynamics of public opinion and mass movement. Initially, we briefly approach some of the main contributions of Psychology to International Relations thus far. Then, in order to build a theoretical basis, we present some Jungian ideas which we have deemed more needed for our argument, among them “unconscious”, “archetype” and “individuation”. To understand the individual in contrast with society, we bring some concepts from social psychology, borrowing the ideas of Elisabeth Noelle-Neumann, especially her theory of the “spiral of silence”, which has proven enlightening to explain phenomena such as social isolation and the public opinion. Lastly, we expose the link between the individual, society and politics, identifying in the “process of individuation” a possible form of resistance against the collective contagions in all their facets, for it characterizes a psychic growth towards bigger authenticity and self-reliance.
Identificamos que os estudos internacionalistas carecem de maior abrangência no nível individual de análise, de modo a acomodar não somente figuras proeminentes, mas também o “indivíduo comum”. Para este propósito, vimos a Psicologia como uma área de estudos valiosa. Fundamentando-nos na psicologia junguiana, podemos falar do indivíduo, como também dos “movimentos do inconsciente” (que parecem estar por detrás de todo acontecimento social), fornecendo uma importante perspectiva para compreendermos as dinâmicas ulteriores da opinião pública e dos movimentos de massa. Inicialmente, abordamos brevemente algumas das principais contribuições da Psicologia para as Relações Internacionais até então. Em seguida, para construirmos um embasamento teórico, apresentamos algumas ideias junguianas que consideramos mais necessárias para nosso argumento, dentre elas “inconsciente”, “arquétipo” e “individuação”. Para entendermos o indivíduo em contraste com a sociedade, trazemos alguns conceitos da psicologia social, tomando emprestadas as ideias de Elisabeth Noelle-Neumann, em especial sua teoria da “espiral do silêncio”, que se mostrou esclarecedora para explicar fenômenos como o isolamento social e a opinião pública. Finalmente, expomos a conexão entre o indivíduo, a sociedade e a política, identificando no “processo de individuação” uma possível forma de resistência frente aos contágios coletivos em todas as suas facetas, pois que este caracteriza um crescimento psíquico rumo a uma maior autenticidade e autodependência.

Palavras-chave

Relações internacionais, Individuação, Psicologia junguiana, Espiral do silêncio, Movimentos de massa

Citação