Avaliação de protocolo de indução de ciclicidade em novilhas Bos taurus usando progesterona injetável
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Data
2020
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Agrárias
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Almeida, Arthur Marçal
Garbelotti, Fernando
Oliveira, Fernando Caetano de
Orientador
Garbelotti, Fernando
Coorientador
Resumo
In beef cattle production systems, reproductive protocols for artificial insemination are used on a large scale, with different managements and hormones constantly being studied in order to improve reproductive rates and expand alternatives to be used, with heifers being the category of heifers. great impact within the system. Considering the reproductive management for heifers, an important point within the cattle production chain worldwide, we are interested in evaluating the use of injectable progesterone associated with estradiol to induce puberty in heifers, along with the observation of estrus and AI. 185 heifers were used, crossbreeds of European breeds, with an average weight of 380 ± 20 kg and an average age of 26 ± 2 months. Gynecological examination was performed on all females, at D-22 and D0. The treated group (TRAT; n = 46) received the protocol for cyclicality induction, which consisted of applying 150 mg of injectable progesterone (P4; Sincrogest®, OuroFino), IM, on D-22, on D-12 1 mg of estradiol (ECP®, Zoetis), IM, and on D0, 0.530 mg of Cloprostenol (PGF; Ciosin®, MSD). The control group (CONT; n = 139) received a protocol for estrus synchronization with application of PGF (according to the TRAT group) on D-12 and D0. At D0, 12 hours after PGF, the estrus observations began in both groups, TRAT and CONT, with two daily observations, for 1 hour and 30 minutes early in the morning and late afternoon, until 144 hours after PGF (D6 ). Females who let themselves be ridden by other females were considered in heat, remaining immobile and with no escape reaction. Data are presented as mean ± SEM. P being generated by ANOVA and comparison of means by t test, considering statistical significance of P≤0.05. All procedures were performed using the JMP7 (SAS®) software. In the gynecological examination at D-22, CL was identified in 85% and 92%, for the TRAT and CONT groups, and 100% of the presence of CL in D0 (P> 0.05), which characterized the induction effect at cyclicality. Regarding the observation of estrus, the animals showed 76% (35/46) and 92% (128/139) (P <0.05), for the TRAT and CONT groups, respectively, possibly the lowest estrus expression in the TRAT group. due to the lack of follicular control, for the moment of PGF in D0. Also observed was the distribution of heat, and the peak of manifestation, with a concentration of 77.6% from 60 to 96 hours and 54% from 48 to 72 hours, for the CONT and TRAT groups, respectively, important for being related to follicular size at the time of PGF application, which may be related to ovulatory follicle size and oocyte quality. Thus, we conclude that protocols for inducing cyclicity with injectable P4 and estradiol induce cyclicity, but the lack of control of follicular development decreased the expression of estrus.
Em sistemas de produção de bovinos de corte, protocolos reprodutivos para inseminação artificial são utilizados em grande escala, sendo constantemente estudados diferentes manejos e hormônios a fim de melhorar os índices reprodutivos e ampliar as alternativas para serem utilizadas, sendo que as novilhas constituem a categoria de grande impacto dentro do sistema. Considerando os manejos reprodutivos para novilhas, um ponto importante dentro da cadeia produtiva de bovinos em todo o mundo, temos com este trabalho interesse em avaliar o uso de progesterona injetável associado ao estradiol para indução da puberdade em novilhas, junto a observação de estro e IA. Foram utilizadas 185 novilhas, cruzas de raças europeias, com peso médio de 380±20 Kg e idade média de 26±2 meses. Foi realizado exame ginecológico em todas as fêmeas, no D-22 e D0. O grupo tratado (TRAT; n=46) recebeu o protocolo para indução de ciclicidade, que consistiu em aplicar 150 mg de progesterona injetável (P4; Sincrogest®, OuroFino), IM, no D-22, no D-12 se aplicou 1 mg de estradiol (E.C.P.®, Zoetis), IM, e no D0, 0,530 mg de Cloprostenol (PGF; Ciosin®, MSD). O grupo controle (CONT; n=139) recebeu protocolo para sincronização de cio com aplicação de PGF (conforme grupo TRAT) no D-12 e D0. No D0, 12 horas após a PGF iniciou em ambos os grupos, TRAT e CONT, as observações de cio, com duas observações diárias, por 1 hora e 30 minutos início da manhã e final da tarde, até as 144 horas após PGF (D6). Se considerou em cio as fêmeas que se deixaram montar por outras fêmeas, permanecendo imóveis e sem reação de fuga. Os dados são apresentados em média±SEM. Sendo o P gerado por ANOVA e comparação de médias por teste t, considerando significância estatística de P≤0,05. Todos os procedimentos foram realizados no software JMP7 (SAS®). No exame ginecológico no D-22, se identificou CL em 85% e 92%, para os grupos TRAT e CONT, e 100% de presença de CL no D0 (P>0,05), o que caracterizou o efeito de indução a ciclicidade. Quanto a observação de cio, os animais apresentaram 76% (35/46) e 92% (128/139) (P<0,05), para os grupos TRAT e CONT, respectivamente, possivelmente a menor expressão de estro no grupo TRAT se deve à falta de controle folicular, para o momento da PGF no D0. Também se observou a distribuição de cio, e o pico de manifestação, com uma concentração de 77,6% das 60 ás 96 horas e 54% das 48 ás 72 horas, para os grupos CONT e TRAT, respectivamente, importante por estar relacionado com o tamanho folicular no momento da aplicação de PGF, podendo estar relacionado com o tamanho do folículo ovulatório e qualidade de ovócito. Com isso, concluímos que protocolos de indução a ciclicidade com P4 injetável e estradiol induzem a ciclicidade, porém a falta de controle do desenvolvimento folicular diminuiu a expressão de estro.
Em sistemas de produção de bovinos de corte, protocolos reprodutivos para inseminação artificial são utilizados em grande escala, sendo constantemente estudados diferentes manejos e hormônios a fim de melhorar os índices reprodutivos e ampliar as alternativas para serem utilizadas, sendo que as novilhas constituem a categoria de grande impacto dentro do sistema. Considerando os manejos reprodutivos para novilhas, um ponto importante dentro da cadeia produtiva de bovinos em todo o mundo, temos com este trabalho interesse em avaliar o uso de progesterona injetável associado ao estradiol para indução da puberdade em novilhas, junto a observação de estro e IA. Foram utilizadas 185 novilhas, cruzas de raças europeias, com peso médio de 380±20 Kg e idade média de 26±2 meses. Foi realizado exame ginecológico em todas as fêmeas, no D-22 e D0. O grupo tratado (TRAT; n=46) recebeu o protocolo para indução de ciclicidade, que consistiu em aplicar 150 mg de progesterona injetável (P4; Sincrogest®, OuroFino), IM, no D-22, no D-12 se aplicou 1 mg de estradiol (E.C.P.®, Zoetis), IM, e no D0, 0,530 mg de Cloprostenol (PGF; Ciosin®, MSD). O grupo controle (CONT; n=139) recebeu protocolo para sincronização de cio com aplicação de PGF (conforme grupo TRAT) no D-12 e D0. No D0, 12 horas após a PGF iniciou em ambos os grupos, TRAT e CONT, as observações de cio, com duas observações diárias, por 1 hora e 30 minutos início da manhã e final da tarde, até as 144 horas após PGF (D6). Se considerou em cio as fêmeas que se deixaram montar por outras fêmeas, permanecendo imóveis e sem reação de fuga. Os dados são apresentados em média±SEM. Sendo o P gerado por ANOVA e comparação de médias por teste t, considerando significância estatística de P≤0,05. Todos os procedimentos foram realizados no software JMP7 (SAS®). No exame ginecológico no D-22, se identificou CL em 85% e 92%, para os grupos TRAT e CONT, e 100% de presença de CL no D0 (P>0,05), o que caracterizou o efeito de indução a ciclicidade. Quanto a observação de cio, os animais apresentaram 76% (35/46) e 92% (128/139) (P<0,05), para os grupos TRAT e CONT, respectivamente, possivelmente a menor expressão de estro no grupo TRAT se deve à falta de controle folicular, para o momento da PGF no D0. Também se observou a distribuição de cio, e o pico de manifestação, com uma concentração de 77,6% das 60 ás 96 horas e 54% das 48 ás 72 horas, para os grupos CONT e TRAT, respectivamente, importante por estar relacionado com o tamanho folicular no momento da aplicação de PGF, podendo estar relacionado com o tamanho do folículo ovulatório e qualidade de ovócito. Com isso, concluímos que protocolos de indução a ciclicidade com P4 injetável e estradiol induzem a ciclicidade, porém a falta de controle do desenvolvimento folicular diminuiu a expressão de estro.
Palavras-chave
Ciclicidade, Cio, CL, P4 injetável