Formação contínua em Educação Física em face da perspectiva inclusiva: experiências perceptivas no Brasil e em Portugal

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Data

2021

Tipo de documento

Tese

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Morais, Milena Pedro de

Orientador

Rodrigues, Graciele Massoli

Coorientador

Campos, Maria João Carvalheiro

Resumo

A formação profissional é um dos grandes nós do processo de inclusão escolar, pois muitas vezes o professor não se sente seguro para atuar. Entende-se que a autoeficácia é concebida pela crença na confiança que o professor apresenta para desenvolver atitudes positivas para com o estudante com deficiência. O objetivo desse estudo foi discutir a formação continuada em face da perspectiva inclusiva, de professores de EducaçãoFísica Escolar atuantes na Educação Básica em Portugal e no Brasil. Este estudo caracteriza-se como um Estudo de Caso com a abordagem de Métodos Mistos para coleta e análise de informações. Foram participantes 26 professores de Educação Física Escolar, sendo 13 professores portugueses, dentre estes 5 participantes atuantes em escolas públicas portuguesas e 8 participantes Recém-Licenciados em Educação Física e 13 brasileiros, sendo 5 participantes atuantes na rede municipal de ensino de Itanhaém (São Paulo/Brasil) e 8 participantes Recém-Licenciados em Educação Física, selecionados por acessibilidade. A coleta de informações aconteceu em dois momentos. No primeiro momento ocorreu a aplicação do questionário Escala de Autoeficácia na Educação Física Inclusiva (EAE-EFI) e a realização da entrevista semiestruturada, com professores portugueses e no segundo momento, o mesmo procedimento foi realizado com professores brasileiros. A coleta de informações aconteceu tanto presencialmente quanto por meio de vias midiáticas através das plataformas online SurveyMonkey e Plataforma Zoom. A análise das informações do questionário foi realizada com o software para análises estatísticas “Statistical Package for the Social Sciences” (SPSS 30.0) e da entrevista semiestruturada que ocorreu com técnica da análise de conteúdo, sendo estas informações organizadas com software N’Vivo 13 para Windows. Observamos que os professores Recém – Licenciados portugueses percebem-se mais competentes e com maior qualidade na experiência ao atuarem com estudantes com Deficiência Física e Deficiência Visual. Já os professores Recém – Licenciados brasileiros tem estas percepções na atuação com estudantes com Deficiência Intelectual. Entretanto, os professores de ambos os países que não são Recém – Licenciados, sentem-se mais competentes e com maior qualidade na experiência na ação docente com estudantes com Deficiência Intelectual. Vimos ainda que diversas barreiras estruturais, atitudinais e legislativas representam um entrave perante a efetividade de um ensino inclusivo nas aulas de Educação Física Escolar, entre estas estão a indisponibilidade de recursos pedagógicos e humanos, materiais e sobretudo formativos que levam os professores a se questionarem o quanto se sentem eficazes para promover uma ação pedagógica mais equitativa. Com a precária oferta de formação continuada, tanto os professores portugueses quanto os brasileiros buscam parceria com os professores de Educação Especial atuantes nas escolas e compartilham experiências com outros professores de Educação Física. Este movimento é apontado pelos professores como uma ação pedagógica para suprir o processo formativo que a Educação Inclusiva demanda. A Inclusão escolar em ambos os países não é um projeto político, mas sim um projeto pedagógico que está unicamente nas mãos dos professores. Portanto, a formação continuada em contexto escolar inclusivo não é uma política pública.

Palavras-chave

Formação Profissional, Educação Física, Inclusão Escolar

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