Efeitos preventivos do treinamento resistido nas alterações metabólicas, hemodinâmicas e autonômicas em um modelo experimental de síndrome metabólica

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2021

Tipo de documento

Dissertação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Borges, Matheus Marcucci

Orientador

Scapini, Kátia Bilhar

Coorientador

Longo, Priscila Larcher

Resumo

Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) envolve a presença de pelo menos 3 dos seguintes fatores de risco cardiovascular: obesidade abdominal, hiperglicemia, hiperlipidemia, hipertensão arterial e resistência à insulina. Estudos têm demonstrado uma associação entre disfunção autonômica cardiovascular e a SM, sugerindo que as alterações autonômicas precedem as alterações metabólicas em um modelo de SM induzido por sobrecarga de frutose. Evidências clínicas e experimentais demonstram que o treinamento físico resistido (TR), é uma ferramenta importante para melhorar a disfunção autonômica cardiovascular em diferentes condições fisiológicas e patológicas. Objetivo: Avaliar os efeitos preventivos do TR nas alterações metabólicas, hemodinâmicas e autonômicas em um modelo de SM induzida por sobrecarga de frutose. Métodos: Foram utilizados ratos Wistar machos (8 semanas de idade), divididos em três grupos: grupo controle (GC), grupo frutose sedentário (GFS), grupo frutose treinado (GFT). Os animais dos grupos GFS e GFT foram submetidos à indução da SM por meio de sobrecarga de frutose (100g/L) na água de beber durante 10 semanas. O grupo GFT realizou o TR em escada vertical, 5 vezes por semana, durante 10 semanas, concomitantemente a administração de frutose. No início e ao final do protocolo foram mensuradasglicemia e triglicérides. Os animais foram canulados para registro direto de pressão arterial (4kHz, CODAS), avaliação da modulação autonômica cardiovascular e análise da sensibilidade barorreflexa. Posteriormente foi mensurado a resistência à insulina. Os dados foram apresentados como média e erro padrão e foram analisados através de ANOVA one way, sendo considerados significativos valores de p inferiores a 0,05. Resultados: Quanto aos parâmetros metabólicos, não houve diferença entre os grupos GC, GFS e GFT no peso corporal dos animais, bem como nos níveis plasmáticos de glicose e triglicérides, contudo, foi observado um maior peso de tecido adiposo branco e maior resistência a insulina no GFS quando comparado ao GC e GFT. A pressão arterial sistólica e diastólica foi maior no GFS comparado ao GC, enquanto a pressão arterial média também foi maior em relação ao GFT. Quanto à VFC no domínio do tempo os animais que receberam frutose e se mantiveram sedentários apresentaram menor variabilidade total em comparação com os animais controles e treinados que também consumiram frutose. No domínio da frequência, o GFS apresentou maiores valores da banda de baixa frequência, indicativo de modulação simpática, tanto para o coração quanto para os vasos, comparado ao GC e ao GFT, bem como maior a VPAS e para a sensibilidade barorreflexa espontânea, mensurada pelo índice alfa. Conclusão: A sobrecarga de frutose promoveu aumento do tecido adiposo branco, resistência à insulina, incremento nos níveis pressóricos, bem como disfunção autonômica cardiovascular, evidenciada pela redução da VFC e aumento da modulação simpática para o coração e para os vasos. Entretanto, o TR foi capaz prevenir ou atenuar essas alterações deletérias observadas tanto nos parâmetros metabólicos quanto nos hemodinâmicos e autonômicos.

Palavras-chave

Síndrome metabólica, Treinamento resistido, Sistema Nervoso Autonomo

Citação