Atuação fisioterapêutica em pacientes com traumatismo cranioencefálico na unidade de terapia intensiva

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Data
2021-12-01
Tipo de documento
Monografia
Título da Revista
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Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Santos, Maria José Bispo dos
Orientador
Carvalho, Fabio Luiz Oliveira de
Coorientador
Resumo
Atualmente, o traumatismo cranioencefálico é um dos maiores problemas de saúde pública e socioeconômico devido à sua alta incidência chegando a acometer 200 de 100.000 indivíduos, com isso, há elevada taxa de mortalidade e morbidade. O trauma é caracterizado por uma lesão anatômica craniocerebral gerada por impacto, agressão, força bruta de aceleração e desaceleração ou penetrante suficiente para comprometer a funcionalidade de estruturas vasculares e neuronais do couro cabeludo, crânio, meninges e/ou encéfalo, causando déficits cognitivos, comportamentais e motores, que podem ser incapacitantes e permanentes, e impactam na vida social e produtiva. Portanto, o estudo tem como objetivo geral compreender a atuação do fisioterapeuta no tratamento imediato sobre as sequelas intracranianas e extracranianas nos pacientes pós-trauma cranioencefálico internados na UTI, já os objetivos específicos da pesquisa são entender a organização anatômica, assim como a fisiologia do sistema nervoso central, e, a partir disso, analisar o impacto do TCE sobre a funcionalidade do mesmo, além de conhecer aspectos fisiopatológicos e toda abrangência da lesão cerebelar, concomitantemente, discutir sobre as disfunções e incapacidades ocasionadas pelo TCE e a imobilização ao leito por longos períodos, junto a isso, é importante também entender a neuroplasticidade do sistema nervoso, processo significativo para a recuperação da funcionalidade perdida. Além disso, busca tratar sobre a UTI e as intervenções prestadas no setor, bem como discorrer sobre a equipe multidisciplinar, em que o fisioterapeuta está incorporado, e, ainda, compreender também sobre as ações do profissional dentro da UTI, e descrever os métodos de avaliação fisioterapêutica no acometido pelo trauma. Desse modo, o trabalho trata de uma revisão integrativa da literatura, o qual foi desenvolvido entre agosto e outubro de 2021, por meio das bases de dados: LILACS, SciELO, PEDro e PubMed, nas línguas português e inglês, através dos descritores em saúde: “Physiotherapy”, “Traumatic Brain Injury” e “Respiration, artificial”. Isto posto, estabeleceu-se limite temporal de 2011 a 2021 para os artigos elencados, dessa forma, foram excluídos artigos antigos e que não versavam com o objetivo proposto pelo estudo. Assim, foram identificadas 90 publicações através das bases de dados citadas anteriormente. Destes, 10 foram incluídos após a seleção e destinados para os resultados. Logo, os pacientes acometidos por TCE se beneficiam da fisioterapia que visa a reabilitação e restauração funcional, visto que a atuação fisioterapêutica engloba muitas estratégias, na UTI, destacam-se as técnicas respiratórias que buscam manter as vias aéreas pérvias, assim como o manejo da ventilação mecânica com medidas de neuroproteção, evitando que a pressão intracraniana ultrapasse 20 mmHg, para que não haja uma hipertensão intracraniana. Destarte, o fisioterapeuta irá atuar realizando intervenções que englobam técnicas respiratórias e motoras, em âmbito preventivo e de cura das principais alterações desenvolvidas pelo TCE e imobilismo no leito. No aspecto do imobilismo e das alterações físicas, o fisioterapeuta trabalhará com exercícios passivos, mobilização precoce, FNP, eletroestimulação, com a ressalva de o paciente se apresentar hemodinamicamente estável. Diante disso, conclui-se que o fisioterapeuta desempenha papel essencial no âmbito de reduzir efeitos incapacitantes do trauma e imobilismo sobre a funcionalidade e qualidade de vida das vítimas do TCE, assim como possibilita alta precoce, que contribui para a recuperação das funções do indivíduo.

Palavras-chave
Traumatismo cranioencefálico, Disfunções neurológicas, Imobilismo, Unidade de terapia intensiva, Atuação fisioterapêutica, Reabilitação
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