Uso medicinal da Cannabis sativa no tratamento do Mal de Parkinson

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Data
2021-12-06
Tipo de documento
Monografia
Título da Revista
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Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Lopes, Carla
Orientador
Pacheco, Fábio
Coorientador
Resumo
Introdução: A Cannabis Sativa, chegou no Brasil com as caravelas através dos Portugueses no ano de 1500 e atualmente pode ser encontrada em todo o mundo, porém é nativa da Ásia Central, pertence a família Cannabaceae. Estudos evidenciam a eficácia terapêutica dos compostos tetrahidrocanabinol (THC) e canabidiol (CBD) no tratamento do Mal de Parkinson, pois esses compostos agem no sistema endocanabinoide, sendo este um modulador sináptico importante envolvido no comportamento motor, cognição e emocional. Metodologia: Trata-se de uma revisão, na qual para a estratégia de busca o período selecionado foi de 2014 a 2021, nas bases PubMed/ MedLine, Google Acadêmico, Scielo. Desta maneira, foram utilizados os seguintes descritores: "canabinóides", “cannabis medicinal”, “atenção farmacêutica”, “cuidado farmacêutico” “mal de parkinson” e para os descritores Mesh: “medical cannabis”, “cannabinoids”, “Parkinson's”, “Parkinson's disease”, “pharmaceutical care”. Resultados: Neste estudi fizeram parte desta revisão 19 artigos. Ademais, o delineamento de estudos dividiu em 53% (n=10) revisões da literatura, 21% (n=4) ensaios clínicos duplo-cego randomizado, 16% (n=3) estudos observacionais e 5% (n=1) para revisão narrativa e ensaio clínico cruzado duplo cego de cada estudo. No que tange ao tamanho da amostra estas variavam de 4 a 119 pacientes. As concentrações utilizadas foram de 400μg/ml de THC e 12mg/ml de CBD, 2mg/ml de THC e 60mg/ml de CBD, 250µg de THC/28µg CBD e 1000µgTHC/112µg CBD, 300 mg de CBD, 75 mg/dia ou 300 mg/dia CBD. Com relação aos desfechos positivos encontrados, 32% (n=6) relatam a eficácia na minimização dos sintomas motores causadas pela doença de Parkinson após a intervenção com Cannabis medicinal, 37% (n=7) nos sintomas não motores, 10% (n=2) observaram redução dos efeitos adversos causados pelos medicamentos Levodopa associada com a Carbidopa utilizados no tratamento da DP após a inclusão da cannabis sativa no tratamento da doença e 21% (n=4) não apresentaram nenhum resultado significativo. Em relação as formas farmacêuticas abordadas na revisão foram identificadas a utilização de 29% (n= 5) extrato, 23% capsula (n= 4), 6% xarope (n= 1), 24% spray (n= 4), 6% (n=3) vaporização, 6% (n=1) óleo, 6% (n=1) chá. Conclusão: Ante o exposto, a Cannabis sativa é uma opção terapêutica para o tratamento da doença de Parkinson, visto que se observa um efeito capaz de desacelerar a progressão da doença através dos seus efeitos neuroprotetores, uma vez que a terapia usual a longo prazo é limitada, e seus efeitos benéficos tendem a diminuir com a progressão da doença, e os pacientes costumam apresentar vários problemas relacionados ao medicamento.

Palavras-chave
Cannabis medicinal, Canabinoides, Mal de Parkinson
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