Paulo Freire, Frantz Fanon e a Educação Física popular decolonial: uma autoetnografia na escola pública

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Data

2021

Tipo de documento

Tese

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Sousa, Cláudio Aparecido de

Orientador

Freire, Elisabete dos Santos

Coorientador

Resumo

A Educação Física popular decolonial descrita neste trabalho é um conceito que tem inspiração nas teorias filosófica e educacional de Paulo Freire e Frantz Fanon, especialmente no que tange à Educação popular e ao decolonialismo, e está amparada pela concepção crítica. O objetivo da presente tese foi: Compreender como o referencial teórico de Paulo Freire, Frantz Fanon e a cultura têm influenciado a minha formação humana e a concretização da prática pedagógica da Educação Física popular decolonial na escola pública. Como opção metodológica, utilizei a autoetnografia em uma escola pública municipal da rede municipal de Santo André (SP), tendo como base os preceitos decoloniais, permitindo exercitar e refletir sobre uma maneira de construir o inédito viável na pesquisa em Educação Física. Para analisar as informações, recorri à análise temática, por permitir que acontecesse a interpretação de vários aspectos do tema de pesquisa, como, por exemplo, as reflexões sobre minhas vivências no cotidiano escolar e as possibilidades de transformações didáticas. Para analisar minha própria prática, utilizei a autoscopia, pois permitiu identificar o detalhamento dos acontecimentos das aulas de um modo mais dinâmico e reflexivo. Acredito que esta tese de doutoramento possibilitou observar que a cultura docente e a cultura escolar influenciaram a prática pedagógica em Educação Física, por meio da explicitação do “sertanejo” e da “criação dos alunos”. A análise dos examinadores críticos permitiu reconhecer que o trabalho pedagógico se aproximou e se distanciou da Educação popular e do decolonialismo, fornecendo indícios de que nenhuma prática é totalmente unânime, com suas pretensões e pautadas só em coerências. Espero que essa pesquisa não seja uma maneira de proporcionar práticas a partir de minha indicação, como se fosse uma receita. Meu intuito é fornecer alternativas político-pedagógicas para que as professoras, professores de Educação Física e as/os estudantes sejam as/os protagonistas e tenham autonomia para construir o planejamento na efetivação das práticas corporais. Almejo que a prática pedagógica reconheça as diferenças culturais, raciais, de gênero e social, para que as/os estudantes, na condição de inacabamento, possam transformar sua realidade social, em prol do “Ser Mais”, como pessoas solidárias e conscientes de que a justiça social é alcançada por intermédio da justiça cognitiva, decorrente de muita luta e esperança nos sonhos coletivos possíveis.

Palavras-chave

Educação popular, prática pedagógica em Educação Física, decolonialismo, autoetnografia

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