Por uma educação física escolar “COM” a educação infantil: um autoestudo

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Data

2021-12-10

Tipo de documento

Tese

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Farias, Uirá de Siqueira

Orientador

Rodrigues, Graciele Massoli

Coorientador

Resumo

A educação física vem compondo os currículos da educação infantil em diversas cidades do Brasil. Porém, essa inserção tem enfrentado grandes desafios político-pedagógicos que perpassam por práticas pedagógicas bancárias biologizantes, psicologizantes e psicomotoras que não reconhecem as crianças e suas infâncias como sujeitos históricos produtores de saberes. É possível notar sinais de ruptura dessa lógica historicamente hegemônica da área, principalmente quando docentes buscam ancoragem em outras áreas de conhecimento já consolidadas nas discussões sobre as crianças e as suas infâncias plurais, tais como a sociologia e a pedagogia da infância. A presente tese representa o esforço e a ousadia da subversão da configuração das escolas brasileiras que roubam o tempo de viver e a experiência das crianças e dos/das docentes a fim de responder aos pressupostos capitalistas que invadem as instituições atualmente. O objetivo central desta tese buscou compreender como tenho efetivado a prática pedagógica da EF na EI criticamente. Para subsidiar tal intenção, foi construído um bricoleur metodológico, em que o autoestudo foi adotado como pano de fundo no intuito de possibilitar um olhar autorreflexivo crítico e sensível ao contexto vivido com vinte seis crianças da educação infantil, duas professoras pedagogas, dois professores de educação física e quatro mães. As ferramentas de coleta de informação tomaram a dimensão da documentação pedagógica e permitiu triangular entrevistas, narrativas, notas de campo, rodas de diálogos, brincadeiras de entrevista, desenhos, fotos e vídeos. A imersão em campo revelou a necessidade de uma prática político-pedagógica construída “COM” as crianças e os/as agentes que as atendem. Ainda, foi possível notar, por meio do autoestudo, um importante processo autorreflexivo pedagógico. A realidade escolar nos coloca diante de diversos tensionamentos político-pedagógicos que aniquilam a autoria docente. Nesse cenário, resta-nos resistir, acreditar na transformação “COM” as crianças recorrendo a princípios ético-políticos que fortaleçam a prática político-pedagógica. Paulo Freire se mostrou um ótimo aporte teórico para se pensar em um viver pedagógico amoroso “COM” a educação infantil, onde a pedagogia da pergunta se torna eixo de uma educação problematizadora, que escuta e convoca as crianças a participarem. E nessa relação de dialogação, os saberes, emergem “COM” as crianças pelas suas várias linguagens potencializadas com ludicidade, no brincar, na fantasia, com criatividade e liberdade para serem crianças. Assim, e nos reconhecendo como seres humanos “COM” o mundo, “COM” o/a “OUTRO/A”, damos conta de nossa incompletude como seres inacabados em constante procura de ser mais.

Palavras-chave

Educação física escolar, Educação infantil, Autoestudo, Paulo Freire

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