Sobrecarga emocional e qualidade de vida de cuidadoras formais domiciliares de idosos durante o período pandêmico da covid-19
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Data
2022-05-11
Tipo de documento
Dissertação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Castro, Thamara
Orientador
Lima, Adriana
Coorientador
Sales, Rodrigo
Resumo
O Envelhecimento é um tema frequentemente estudado atualmente devido ao aumento dessa população. O idoso pode apresentar declínios físicos e mentais, devido ao envelhecimento natural ou não da idade. Por isso, os cuidadores de idosos vêm sendo procurados para auxílio ou acompanhamento nas atividades diárias dos idosos. Esta ocupação está crescendo, e com ela podem surgir alterações na saúde mental dos profissionais, o que pode afetar sua qualidade de vida. O objetivo geral deste estudo foi analisar possíveis sintomas de ansiedade, depressão e estresse, e a qualidade de vida das cuidadoras formais domiciliares de idosos em função da pandemia de COVID-19. Tratou-se de uma pesquisa de campo, descritiva, transversal e do tipo mista. Foram avaliadas 36 cuidadoras, com mais de 18 anos, do sexo feminino e que atuavam há pelo menos seis meses na ocupação. Estas participantes responderam ao questionário sociodemográfico e informações complementares, bem como a escala DASS-21 para análise de possíveis sintomas de ansiedade, depressão e estresse. Para avaliação da qualidade de vida foi utilizado o instrumento WHOQOL-BREF. As participantes que apresentaram altos níveis de ansiedade, depressão e estresse responderam uma entrevista semidirigida para maior compreensão dos sintomas. Foi realizada análise descritiva dos resultados através da correlação de Spearman, utilizando o programa Graph Prism 9.0. As participantes apresentaram idade média de 46 anos, e experiência profissional com média de sete anos e meio. As cuidadoras em média possuem renda salarial de um a dois salários mínimos (R$1.039 a R$2.078), e a maioria estudou até o ensino médio completo (66,9%). Observou-se que houve correlações negativas entre os níveis da DASS-21 e do WHOQOL-BREF, e os níveis da DASS-21 com as questões sobre a COVID-19 do questionário de identificação também apresentaram correlações. Os dados quantitativos do estudo indicaram que quanto maior comprometimento na qualidade de vida, maiores são os níveis de ansiedade, depressão e estresse. Além disso, os dados demonstraram que a pandemia interferiu na saúde mental e na rotina das cuidadoras. Na parte qualitativa do estudo, as participantes relataram sobre suas vivências profissionais, cujos dados corroboraram com as escalas aplicadas, indicando a exaustão do próprio trabalho e a falta de apoio da família do idoso como os principais pontos para melhoria. Todos esses achados apontam a necessidade de acompanhamento psicológico para as cuidadoras, para que tenham boa saúde mental, e melhoria na qualidade de vida.
Palavras-chave
Sobrecarga Emocional, Qualidade de vida, Cuidadores de Idosos, COVID-19