Psiquiatria no tribunal: Causas do comportamento criminoso a luz da psiquiatria forense e como isso reflete no manicômio judiciário
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Data
2022-12
Tipo de documento
Monografia
Título da Revista
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Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Sociais Aplicadas
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Batista, Rafaela
Orientador
Diz, Kim
Coorientador
Resumo
Este trabalho busca apresentar a funcionalidade do manicômio judiciário, hoje denominado como Hospital de custódia e tratamento psiquiátrico, uma instituição psiquiátrica-penal, com função terapêutica para tratar e reabilitar os pacientes, mas a prática é diferente da teoria, ao ser encaminhado para cumprir medida de segurança o sujeito se depara com o abandono, exclusão e desemparo. Com tratamentos ineficazes é quase impossível a sua reabilitação e por consequência é mantido nessa instituição com poucas probabilidades de retornar ao convívio social e voltar a ter uma vida digna, permanecendo enclausurado perpetuamente. Com a exclusão do convício social por longos períodos o vínculo familiar se torna frágil ou inexistente, resultando em uma maior vulnerabilidade do paciente, sem rede de apoio ou condições financeiras, mesmo com condições de ser desinternado, não há outro lugar que essa pessoa possa ir, sua readaptação e reabilitação muitas vezes se torna quase impossível, pois a vida fora dos muros da instituição não existe mais, a única alternativa que lhe resta é continuar ali, invisível e privado de sua liberdade. Historicamente a sociedade utilizou as instituições de poder dominantes para segregar a marginalizar determinados grupos que não estavam dentro do padrão estabelecido. O louco infrator é considerado um inimigo da sociedade, e é por meio do manicômio judiciário que é mantida essa ordem dominante, baseada no controle e punição, exercendo sua função de higienização social.
Palavras-chave
Manicômio judiciário, Psiquiatria forense, Medida de segurança, Saúde mental, Exclusão social