Avaliação do impacto dos transtornos alimentares na gestação e lactação: uma revisão narrativa sobre as nuances do panorama de saúde da mulher

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Data

2022-12-05

Tipo de documento

Monografia

Título da Revista

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Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

De Souza, Vitor
Medeiros, Amanda
Lavoisier, Carolina
Barbosa, Jeniffer
Sirqueira, Leandro

Orientador

Coelho, Karina

Coorientador

Resumo

Introdução e objetivos: Os transtornos alimentares (TA) são definidos por uma alimentação perturbada, com comportamentos que resultam em consumo e absorção alterada de alimentos, de maneira a trazer consequências deletérias à saúde do indivíduo acometido. A prevalência de TA cresceu 11,2% entre os anos 2000 e 2018. Durante o período fértil, como também na gestação e lactação, a insatisfação com a imagem corporal, está altamente ligada à influência da mídia em relação ao corpo, o que interfere na mudança de hábitos e comportamentos alimentares, que podem ser considerados fatores de risco para o desenvolvimento de TA. Portanto, os objetivos do estudo foram: (1) analisar os impactos dos TA na gestação e lactação, de modo a (2) verificar a relação entre o desenvolvimento de transtornos psicológicos com o período fértil, (3) correlacionar os transtornos mentais comuns (TMC) no desenvolvimento de TA, (4) investigar o impacto dos TA no período gestacional e (5) descrever as consequências dos TA na lactação e saúde do bebê. Métodos: O presente estudo se trata de uma revisão narrativa da literatura, com artigos extraídos nas bases de dados: Lilacs, Scielo, PubMed e periódicos Capes, durante um período de agosto à novembro de 2022, selecionados na primeira página da busca que foram publicados entre os anos 2000 e 2022, utilizando os descritores, de forma combinada, em português e em inglês: Amamentação; Gestação; Idade Reprodutiva; Mulher; Período fértil; Pregorexia; Saúde Mental; Transtorno alimentar; Transtorno psicológico. Discussão: A idade reprodutiva se constitui como fator de risco para o desenvolvimento de TMC na população feminina, principalmente quando associadas às noções de vulnerabilidade biológica e social, isso explica o fato de a população mais prevalente em estudos epidemiológicos de TMC ser de mulheres jovens. De forma tangencial, as mulheres também são o público mais afetado por TA e a associação entre esses distúrbios com os TMC se estabelece através da semelhança etiológica e a interação entre ambos, o que permite que indivíduos acometidos por TA também possam desenvolver algum TMC. Durante o período gestacional, a presença de TA se traduz em aumento do risco de complicações de saúde tanto para mãe, quanto para o bebê, além do desenvolvimento de consequências no puerpério e lactação. Em suma, os dados encontrados foram relacionados ao ganho de peso suficiente no período gestacional, com média de 15 kg de ganho de peso em mulheres com TA, como também relacionados ao desenvolvimento ou intensificação de sintomas de TMC, peso do bebê ao nascer, preocupação com a forma corporal, término prematuro do aleitamento materno e nascimento pré-termo. Considerações finais: A literatura científica, além de escassa, demonstrou disparidade entre diversos resultados, ao se tratar do público gestante com TA. Perante o tema proposto, é importante percorrer as nuances que são comumente associadas ao percurso de vida da mulher, como período fértil, gestação, alimentação, imagem corporal e papel social.

Palavras-chave

Nutrição, Transtorno Alimentar, Gestação, Transtornos Psicológicos, Período Fértil

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