Percepção de risco e conduta dos acadêmicos de odontologia de procedimentos cirúrgicos em pacientes vivendo com HIV
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Data
2023-07-04
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
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Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso fechado
Editora
Autores
Paim, Joice
Orientador
Fernandes, Leonardo
Coorientador
Ohira, Eduardo
Resumo
Introdução: No Brasil, cerca de 960 mil pessoas vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Os profissionais e estudantes de odontologia estão expostos a materiais biológicos, principalmente em procedimentos cirúrgicos, que podem ocasionar a transmissão do vírus. Além disso, existe discriminação e estigmatização acerca dos pacientes que vivem com HIV na assistência odontológica. Objetivo: Este estudo tem como objetivo avaliar a percepção de risco e conduta dos acadêmicos de odontologia acerca dos procedimentos cirúrgicos em pacientes vivendo com HIV. Métodos: Realizou-se um estudo descritivo com 65 acadêmicos de odontologia de uma faculdade privada em Jaraguá do Sul. Aplicou-se um questionário on-line elaborado por meio do Google Forms. Utilizou-se estatística descritiva e testes de associação na análise dos dados. Resultados: A maioria dos acadêmicos (67%) considera o risco de infectar-se com o HIV médio a alto; 98% conhecem os meios de transmissão, porém 84% concordaram que os procedimentos odontológicos os expõem a um risco significativo de infecção; 29% não consideram todos os pacientes como potencialmente infecciosos; 78% acham necessário maiores cuidados com biossegurança ao realizar um procedimento cirúrgico; 81,5% têm medo de contaminar-se; 80% realizariam um procedimento cirúrgico em um paciente vivendo com HIV, porém 55,4% têm insegurança para realizar esse atendimento. Conclusão: Os acadêmicos demonstraram um conhecimento satisfatório sobre os aspectos básicos acerca do HIV, no entanto a percepção de risco ficou abaixo do esperado. O medo de infectar-se e a tendência em superestimar os riscos ficou evidente, principalmente entre os mais jovens. Observou-se uma superproteção em relação à biossegurança e certa discriminação.
Palavras-chave
HIV, estudantes de odontologia, contenção de riscos biológicos, discriminação social, procedimentos cirúrgicos bucais