Análise do nível de conhecimento dos profissionais da saúde a respeito dos riscos do uso de cigarro eletrônico - um estudo survey.

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Data

2024-06

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

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Área do conhecimento

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

AZEVEDO, Adriana Gonçalves Marques
SCHULLER, Laura Silva
MARTINEZ, Thais Master

Orientador

RODRIGUES, Dayane Nunes

Coorientador

GOMES, Gislene

Resumo

Introdução: Os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) são aparelhos que funcionam com bateria e podem apresentar formato de cigarros, canetas e pen drives. A maioria contém aditivos com sabores, substâncias tóxicas e nicotina, droga que causa dependência (INCA, 2022). No Brasil, a ANVISA proíbe a comercialização, além do uso em ambientes fechados. Profissionais de saúde devem incentivar usuários a cessação do uso e disseminar alertas e atividades formativas a toda população, baseados em evidências disponíveis. Objetivo: Analisar o nível de conhecimento dos profissionais da saúde no que diz respeito aos riscos do uso de cigarros eletrônicos. Métodos: Trata-se de um estudo transversal qualitativo e quantitativo conduzido através de uma pesquisa eletrônica survey, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Judas Tadeu (n° 6.756.124). Incluídas pessoas com idade mínima de 18 anos, de todo país, independente do gênero. Para coleta e gerenciamento dos dados foi utilizado o Google Forms. A divulgação foi feita por posts em mídias sociais e envio de design informativo. O formulário foi desenvolvido com 25 questões totais, abertas e fechadas, contendo 3 sessões. Para este estudo, as percepções dos participantes foram organizadas em cinco variáveis dependentes. Resultados: A amostra foi composta por 86 participantes: 64 profissionais já formados, 15 estudantes que atuam na área e 7 considerados como "outros", devido a falta de clareza nas respostas da área de atuação. A maior prevalência foi do sexo feminino (62,7%), faixa etária entre 18 e 26 anos (60%), atuação na área de Fisioterapia (47%) e Enfermagem (15%) e 78% não são fumantes. Em comparação com cigarros convencionais, 57 (66,3%) acreditam que cigarros eletrônicos (CEs) são mais prejudiciais, nas justificativas, 27 (31,4%) destacaram a grande quantidade de substâncias tóxicas e a inalação direta da fumaça em alta temperatura. Quanto ao uso em ambientes fechados, 77 (89,5%) acreditam que apresenta riscos tanto para o usuário quanto para pessoas ao redor, porém em relação a atualização da Lei Antifumo, 41 (47,4%) responderam não saber. Sobre EVALI, 67 (78%) responderam não conhecer. Quanto aos hábitos e comportamentos dos fumantes, 5 (62,5%) fumam diariamente e pensam em parar por preocupação com a saúde. Discussão: Apesar de 78% não ser fumante, convivem sempre ou quase sempre com pessoas que fumam. O número de usuários de CE chama atenção quando pensamos que os mesmos estão disponíveis há apenas uma década. Alguns CEs possuem sais de nicotina em sua composição, que contêm concentrações 2 a 10 vezes maiores do que as encontradas nos CEs de nicotina de base livre (TRIMIS, et al., 2018). Somente 9% dos participantes têm conhecimento sobre a EVALI e, uma vez que sua apresentação clínica é extremamente parecida com outras doenças, um profissional da saúde que desconhece ou não exerce uma anamnese satisfatória, terá dificuldade em estabelecer o diagnóstico preciso e a conduta de tratamento. O hábito de fumar é uma preocupação da Atenção Primária à Saúde e os profissionais da saúde muitas vezes se mostram incapazes na condução do processo terapêutico de cessação do hábito. Conclusão: Foi possível identificar lacunas no conhecimento, principalmente a respeito das informações atualizadas sobre a EVALI e a proibição do uso de CEs em recintos coletivos fechados. Destaca-se a importância de profissionais atualizados para que assegurem boas condutas e sigam em conformidade com o Programa de Educação Contínua do SUS.

Palavras-chave

cigarros eletrônicos, profissionais da saúde, conhecimento, riscos

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