Efeito da auriculoterapia sobre a ansiedade e biomarcadores em adultos no âmbito da atenção primária em saúde: ensaio clínico piloto
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Data
2020
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso fechado
Editora
Autores
Silva, Carina da
Siqueira, Letícia
Orientador
Drago, Lívia Crespo
Coorientador
Bobinski, Franciane
Resumo
Introdução: No Brasil, a prevalência dos transtornos de ansiedade na população chega a 9.3%, configurando o maior índice dentre todos os registrados mundialmente. Visando superar essas alterações, as pessoas buscam Práticas Integrativas e Complementares (PIC) como a auriculoterapia, para o controle e tratamento de sua enfermidade. A auriculoterapia aborda técnicas que utilizam a estimulação de pontos específicos do pavilhão auricular para tratar doenças fisicas e psicológicas. Este estudo objetivou avaliar os efeitos da auriculoterapia sobre a ansiedade e os níveis séricos dos biomarcadores Fator Neurotrófico Derivado do Encéfalo (BDNF), Enolase Específica do Neurônio (NSE) e S100 proteína de ligação ao cálcio B (S100B) em adultos no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS) de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de Palhoça/SC. Métodos: Ensaio clínico piloto pré-experimental. A população do estudo foi composta por 19 pacientes selecionados aleatoriamente após buscarem por atendimento na UBS. As informações foram obtidas através do Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE®), do questionário sociodemográfico e da análise dos níveis séricos de BDNF, NSE e S100B. Os dados foram transcritos em uma planilha do programa Excel® e posteriormente analisadas no programa Graph Pad Prism®. Resultados: O escore médio de ansiedade pré-intervenção no IDATE-Traço (IDATE-T) foi de 52.11 ± 6.691 (CV 12.84%), e a avaliação pós-intervenção com auriculoterapia demonstrou índices significativamente menores (43.72 ± 8.141; CV 18.62%; P = 0.0007). Os níveis de S100B que se apresentavam em 64.03 ± 72.18 pg/mL pré-intervenção reduziram significativamente após o tratamento com auriculoterapia (54.03 ± 68.53 pg/mL; CV 126.8%; P = 0.0023). Conclusão: A auriculoterapia mostrou-se uma intervenção eficaz na redução dos niveis de ansiedade, bem como em seus sinais e sintomas, evidenciando ser uma prática segura, não invasiva, de fácil aplicação, com mínimos efeitos colaterais e de baixo custo, possibilitando ao profissional enfermeiro realizar essa técnica com autonomia na APS. Também evidenciou-se a redução dos níveis séricos de S100B, demonstrando uma possível prevenção de danos neuronais.
Palavras-chave
Ansiedade, Auriculoterapia, Biomarcadores, Atenção primária em saúde, Enfermagem