Cuidados paliativos: conhecimento e autopercepção do acadêmico de medicina sobre o processo de morte

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Data

2018

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

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Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso embargado

Editora

Autores

Orth, Larissa Chaiane

Orientador

Teixeira, José Francisco

Coorientador

Resumo

Introduction: The aging of the world population brings with it the increase of chronic diseases, however, without being accompanied by an improvement in life quality or the confrontation of the diseases. In this context, palliative care is framed as an interdisciplinary care aiming the integral care of the human being. In contrast, the incessant search for a cure can result in a sense of denial and defeat facing death. Approaching this subject is necessary during medical graduation, so that future professionals feel properly prepared and secure providing the best for their patients. Purpose: To evaluate the knowledge on palliative care of undergraduate medical students of Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), campus Tubarão. Method: A cross-sectional study involved the application of an anonymous self-administered questionnaire of 39 questions divided into 12 sociodemographic questions and 27 objective questions about palliative care. Data collected from March to June 2.018. Used tests: Chi-square test (X2), Fisher`s exact test, Likelihood ratio, Analysis of Variance (ANOVA) and Turkey`s tests. The significance level was 5% (p <0.05). Results: A total of 188 medical students with a prevalent age range between 21 and 25 years old took part in the study. 56.9% of them were female students. Among those who preferred that treatment decision would be taken only by the physician, in case of being a cancer patient, 83.3% were male (p = 0.04), and among those who declared themselves prepared to face the process of death and grief, 54.8% were male (p = 0.005). The students who denied having acquired skills to communicate bad news, 62.9% were female (p <0.001). The students from the 10th semester of the Medicine course presented a better average of right answers to questions about the pharmacology of pain management. Most of the students considered the incorporation of palliative care content important in the curriculum, but 68.1% of them have no interest in working in this area. Conclusion: Some undergraduate medical students from Universidade do Sul de Santa Catarina present difficulties in the process of death and grief and are insecure in the approach to communication and medical posture, although they have adequate knowledge on the subject of palliative care. There is a need to improve the teaching of skills and abilities in this area, emphasizing universal patient-centered care instead of just curing illness, as well as mobilizing efforts to encourage self-promotion and medical student confidence.
Introdução: O envelhecimento da população mundial traz consigo o aumento de doenças crônicas, contudo, sem ser acompanhado de melhoria na qualidade de vida ou do enfrentamento das enfermidades. Nesse contexto os cuidados paliativos se enquadram como um modelo de caráter interdisciplinar, que visa garantir o cuidado integral ao ser humano. Em contrapartida, a busca incessante pela cura pode resultar em um sentimento de negação e derrota frente à finitude da vida. Durante o processo de graduação médica é necessária a abordagem dessa temática para que os futuros profissionais se sintam adequadamente preparados e seguros, proporcionando o melhor para seus pacientes. Objetivo: Avaliar o conhecimento sobre cuidados paliativos dos acadêmicos do internato do curso de graduação em Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), campus Tubarão. Método: Realizou-se um estudo transversal por meio de questionário autoaplicável contendo 39 questões, agrupadas em 12 questões sociodemográficas e 27 questões objetivas sobre cuidados paliativos. A coleta de dados foi realizada entre março e junho de 2018. Foram utilizados os testes de Qui-quadrado (X2), exato de Fisher, razão de verossimilhança, ANOVA e teste de Tukey. O nível de significância estatística adotado foi de 5% (valor de p < 0,05). Resultados: Participaram do estudo 188 acadêmicos, 56,9% do sexo feminino, com faixa etária prevalente entre 21 e 25 anos. Dentre os que prefeririam a decisão de tratamento tomada somente pelo médico, caso fosse paciente oncológico, 83,3% eram do sexo masculino (p=0,04), bem como, dentre os quais se declararam preparados para enfrentar o processo de morte e luto 54,8% eram do sexo masculino (p=0,005). Dos acadêmicos que negaram ter adquirido habilidades para comunicar más notícias 62,9% eram do sexo feminino (p<0,001). O 10º semestre do curso apresentou uma melhor média de acertos em questões relacionadas à farmacologia do tratamento da dor. A maioria dos acadêmicos consideraram importante a incorporação de conteúdos sobre cuidados paliativos no currículo, porém 68,1% não possuíam interesse em atuar nessa área. Conclusão: Parcela dos acadêmicos do internato médico da Universidade do Sul de Santa Catarina apresenta certa dificuldade frente ao processo de morte e luto, e insegurança na abordagem de comunicação e postura médica, embora apresente um conhecimento adequado sobre a temática de cuidados paliativos. Faz-se necessário aprimorar o ensino de competências e habilidades na área, enfatizando o cuidado universal centrado no paciente e não na cura de doenças, bem como mobilizar esforços a fim de incentivar a autopromoção e confiança dos acadêmicos.

Palavras-chave

Cuidados paliativos, Educação de graduação em medicina, Internato e residência, Morte

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