Cegueira deliberada e teoria do dolo: uma crítica da aplicação da willful blindness doctrine com a dogmática penal brasileira
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Data
2024-03
Tipo de documento
Monografia
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Acesso fechado
Editora
Autores
SOUZA, Pedro Afonso Figueiredo de
Orientador
LOPES, Luciano Santos
Coorientador
Resumo
A presente dissertação tem por objetivo enfrentar a compatibilidade do uso da cegueira deliberada com o ordenamento jurídico pela jurisprudência brasileira. Desse modo, a hipótese utilizada é pelo afastamento da aplicação da referida teoria, em razão da inadequação com a sistemática penal do Brasil, sobretudo, dos elementos de responsabilização subjetiva. Para tanto, empreende-se uma pesquisa jurídico-dogmática, de tipo compreensivo-propositivo, em que predomina a utilização do raciocínio dedutivo. Dessa forma o trabalho se relaciona com a área de concentração do Programa de Pós-Graduação Direito nas Relações Econômicas e Sociai, na sua linha de pesquisa “relações econômicas, políticas públicas e tensões entre autonomia privada e interferência estatal”. Assim, busca-se assentar as bases sobre as teorias que enfrentaram a formação dos elementos subjetivos dolo e culpa na teoria do delito. Partindo das concepções extraídas sobre a teoria geral do dolo, dedica-se ao exame da teoria adotada no Código Penal brasileiro, especialmente sobre a função do elemento conhecimento na imputação dolosa e culposa. Ademais, procura-se expor por meio do estudo comparado, as fontes de idealização da teoria no sistema originário, desde o primeiro julgado pelos Tribunais Britânicos, até o desenvolvimento extraordinário advindo dos Tribunais dos Estados Unidos. Com o entendimento sobre as premissas originais, passa-se ao estudo do desenvolvimento jurisprudencial da teoria da cegueira deliberada no direito brasileiro, no capítulo quarto. A partir do estabelecimento desse substrato básico, passa-se ao exame do uso da teoria na jurisprudência dos Tribunais Superiores e do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Desta análise, aponta-se eventuais congruências e inconsistências encontradas no problema apresentado.
Palavras-chave
Direito penal, Cegueira deliberada, Lavagem de dinheiro