Corpo e moda: mediações imagéticas para o consumo e liberdades possíveis : estratégias de resistências nas performances de Flávio de Carvalho e Ronaldo Fraga

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Data

2006

Tipo de documento

Dissertação

Título da Revista

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Área do conhecimento

Linguística, Letras e Artes

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Jesus, Iáscara Oara de

Orientador

Santos, Antônio Carlos Gonçalves dos

Coorientador

Resumo

In this we work, we pursued Flávio de Carvalho and Ronaldo Fraga (artists/stylists) strategies of resistance concerning the humans and their relationships (their body) with the consumerism in which the world has become at the present; discussing the body in the modern days, its mediation and consequent subjectivities and significations. We start from Foucault’s ideas about the political investment which is done in this body: the compliance ,with the new times, when the body must be well cared, because, in spite of the reproduction, there is the production and maximization through the technologies. From this mediation, spaces can occur, creating other subjectivities: discontinuities (not the desires of the power-control system, but other connections, for instance, critics to the system itself). We demonstrate the importance of the field of fashion, its habits and symbolic power thereupon registered so that, through this field-space, we can discuss the strategies of the resistances proposed by Flávio de Carvalho and Ronaldo Fraga, denouncing the wrong sensation of freedom in which the humanity has plunged; taking advantage of the own spaces of fashion, they criticize, calling us back to consciousness, to the information and to the non-homogeneity and its consequent loss of ‘identity’. Flávio de Carvalho as well as Ronaldo Fraga defend a new way of existence, that is, reexistence, for the resistance itself is its way of existing. Their interventions are conscious political acts, because only from this consciousness we could seek the ‘possible freedom’.
O objetivo neste trabalho é perceber as estratégias de resistências de Flávio de Carvalho e Ronaldo Fraga (artistas/estilistas) no que concerne ao homem e sua relação ( seu corpo) com o consumismo que tornam o mundo na atualidade; discutir o corpo na modernidade, sua mediação e conseqüentes subjetivações e significações. Partimos das idéias de Foucault acerca do investimento político que se faz neste corpo: a docilização dos novos tempos, em que o corpo deve ser bem cuidado, pois além da reprodução, há produção e maximização através das tecnologias. De tal mediação, espaços podem surgir, criando outras subjetivações: descontinuidades ( não os desejos do sistema de poder-controle, mas outras conexões, como por exemplo, críticas ao próprio sistema). Demonstramos a importância do campo da moda, seus hábitos e poder simbólico aí inscritos para, através deste campo-espaço, discutirmos as estratégias de resistências propostas por Flávio de Carvalho e Ronaldo Fraga, denunciando a falsa sensação de liberdade em que mergulhara a humanidade; aproveitando-se dos próprios espaços da moda, criticam, chamando-nos a consciência, a informação e a não homogeneização e sua conseqüente perda de “identidade”. Tanto Flávio de Carvalho quanto Ronaldo Fraga defendem um novo modo de existência, ou melhor, re-existência, pois é seu modo de existir, a própria resistência. Suas intervenções são conscientes atos políticos, pois somente desta consciência é que poderemos buscar a ‘possível liberdade’ (“real” liberdade) ou, ao menos, não a que está hoje posta – o velho dito popular: “posso não saber o que quero, mas sei o que não quero”, e isso já é uma grande opção política de ação.

Palavras-chave

Corpo, Moda

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