Ecos marxistas na obra do Grupo Dziga Vertov: atrações, ideologia, distanciamento e desvio
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Data
2023-10
Tipo de documento
Dissertação
Título da Revista
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Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Sociais Aplicadas
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Bronzeri, Murilo
Orientador
Raddi Uchôa, Fábio
Coorientador
Resumo
O Grupo Dziga Vertov foi um coletivo de cineastas criado, em 1968, por Jean-Luc Godard e Jean-Pierre Gorin, e que se dissolveu em 1972. O coletivo também surge logo após os eventos do Maio de 68 na França. Os filmes do Grupo Dziga Vertov tiveram muitos temas políticos que dialogavam com a esquerda francesa da época. A pesquisa tem como objetivo geral analisar a filmografia do Grupo Dziga Vertov e encontrar “ecos”, ou seja, rastros, vestígios, de elementos marxistas em tais filmes. O corpus da pesquisa inclui quatro filmes do grupo: Sons britânicos, Lutas na Itália, Tudo vai bem, e Aqui e acolá, questionando-os a partir da “montagem de atrações” de Eisenstein (1988); o ensaio Ideologia e Aparelhos Ideológicos de Estado, de Louis Althusser (1980); o “distanciamento” de Bertolt Brecht (1978); e o “desvio” de Guy Debord (1956). Para tanto, o trabalho divide-se em duas partes: um mapeamento bibliográfico conceitual e de contextualização histórica, seguido pela análise da filmografia, que se inspira na proposta de Manuela Penafria (2009). Mesmo que o Grupo Dziga Vertov já tenha sido estudado por outros autores, estudá-lo continua sendo uma oportunidade de colaborar com os estudos já existentes sobre o grupo. Além disso, os filmes do Grupo Dziga Vertov são obras que demoraram para chegar ao Brasil, já que foram exibidos pela primeira vez em 2005, e esse estudo pode inspirar cineastas a explorarem novas formas de expressão e fomentar discussões em torno de filmes sobre a realidade brasileira.
Palavras-chave
Marxismo, Maio de 68, Grupo Dziga Vertov, Jean-Luc Godard, Análise fílmica