Programa de Pós-graduação em Comunicação

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  • Dissertação Acesso aberto
    HACIA UN CINE REVOLUCIONARIO: A Práxis do Cinema Revolucionário Latino-americano das Décadas de 1960 e 1970
    (2023-11) FREITAS, Allan Brasil de
    O presente trabalho tem por objetivo o estudo comparado da práxis do assim chamado cinema revolucionário, praticado na América Latina durante as décadas de 1960 e 1970, com foco nos grupos Cine Liberación, da Argentina, Grupo Ukamau, da Bolívia e o Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematograficos – ICAIC, de Cuba. Analisaremos as elaborações teóricas desenvolvidas por estes grupos, suas consequências para a prática cinematográfica, e como estas elaborações se traduzem em linguagem cinematográfica, utilizando como objeto para tal os filmes “Hasta la Victoria Siempre” (1967) e “De Cierta Manera” (1974/1977), ambos realizados pelo ICAIC, “El Coraje del Pueblo” (1971), realizado pelo Grupo Ukamau e “La Hora de los Hornos” (1968), realizado pelo Cine Liberación. Com este estudo, pretendemos suprir parte da falta de pesquisas dentro do audiovisual que articulem continentalmente a práxis deste tipo de cinema, entendendo seus objetivos políticos como intrínsecos ao seu projeto cinematográfico.
  • Dissertação Acesso aberto
    Ecos marxistas na obra do Grupo Dziga Vertov: atrações, ideologia, distanciamento e desvio
    (2023-10) Bronzeri, Murilo
    O Grupo Dziga Vertov foi um coletivo de cineastas criado, em 1968, por Jean-Luc Godard e Jean-Pierre Gorin, e que se dissolveu em 1972. O coletivo também surge logo após os eventos do Maio de 68 na França. Os filmes do Grupo Dziga Vertov tiveram muitos temas políticos que dialogavam com a esquerda francesa da época. A pesquisa tem como objetivo geral analisar a filmografia do Grupo Dziga Vertov e encontrar “ecos”, ou seja, rastros, vestígios, de elementos marxistas em tais filmes. O corpus da pesquisa inclui quatro filmes do grupo: Sons britânicos, Lutas na Itália, Tudo vai bem, e Aqui e acolá, questionando-os a partir da “montagem de atrações” de Eisenstein (1988); o ensaio Ideologia e Aparelhos Ideológicos de Estado, de Louis Althusser (1980); o “distanciamento” de Bertolt Brecht (1978); e o “desvio” de Guy Debord (1956). Para tanto, o trabalho divide-se em duas partes: um mapeamento bibliográfico conceitual e de contextualização histórica, seguido pela análise da filmografia, que se inspira na proposta de Manuela Penafria (2009). Mesmo que o Grupo Dziga Vertov já tenha sido estudado por outros autores, estudá-lo continua sendo uma oportunidade de colaborar com os estudos já existentes sobre o grupo. Além disso, os filmes do Grupo Dziga Vertov são obras que demoraram para chegar ao Brasil, já que foram exibidos pela primeira vez em 2005, e esse estudo pode inspirar cineastas a explorarem novas formas de expressão e fomentar discussões em torno de filmes sobre a realidade brasileira.
  • Dissertação Acesso aberto
    “Avançar até dizimar o inimigo”: politicidades na recepção brasileira do anime Ataque dos Titãs
    (2023-06-26) Santos, Aline
    Esta pesquisa busca identificar e compreender a negociação política das leituras que interpretam o desfecho do anime Ataque dos Titãs, dadas através da crítica informal encontrada em tweets do público brasileiro que acompanha a última temporada da série. Situando nosso objeto no circuito comunicativo, apresentamos um panorama temporal da circulação dos mangás e anime em nosso contexto sócio geográfico, de modo a compreender momentos chave deste percurso, bem como as particularidades deste processo, característico da diáspora japonesa no Brasil. Ao combinar o olhar para o produto e a produção, recuperamos entrevistas e manifestações em canais de divulgação, de modo a identificar a voz do autor, Hajime Isayama, dentro e fora de sua obra. Dessa maneira, podemos traçar uma relação entre as controvérsias apontadas por seu público em redes sociais e o quanto pesam as decisões narativas que ilustram por tantas vezes um ideal nacionalista que ainda caracteriza o Japão contemporâneo. Estas manifestações são, por fim, analisadas sob o lugar da audiência, com base em um corpus formado por postagens que, por meio de comentários e “fios” de discussão no Twitter, abordaram as relações entre obra ficcional e realidade histórica - seja ela proveniente de um passado nipônico, ou atual de seu público brasileiro. Assim, com base no protocolo da codificação/decodificação de Hall (2003), tratamos de mapear, categorizar e descrever as principais posições de leitura mobilizadas na decodificação do anime, estas elucidadas pela crítica informal que aparece em tweets compartilhados na internet.
  • Dissertação Acesso aberto
    Duna de Herbert, Laurentiis e Lynch: aspectos de adaptação da primeira versão cinematográfica do romance
    (2023-04-27) Dias, Alexandre
    Esta dissertação tem o intuito de aprofundar aspectos do filme Duna, longa-metragem lançado em 1984 e dirigido por David Lynch, que é derivado do romance publicado por Frank Herbert em 1965. A principal via para cumprir essa meta é a análise da obra por meio dos estudos da adaptação, que proporcionam um entendimento mais claro de todos os fatores que a cercam. Nesse sentido, mergulhar no aporte teórico em questão é fundamental para abordar os protagonistas envoltos do objeto: a dupla já citada e os produtores do projeto, pai e filha, Dino e Raffaella De Laurentiis. Com essa estrutura, a pesquisa se entremeia nas características fílmicas do trabalho do quarteto, ressaltando como pontos técnicos e narrativos do projeto condizem com as identidades profissionais dessas pessoas e quesitos contextuais e relativos ao mundo das artes. Além disso, também dentro do que se refere a contextos, é necessário rememorar e destrinchar histórias de bastidores que foram primordiais para dar vida ao que os espectadores conferiram nos cinemas há quase 40 anos atrás.
  • Tese Acesso aberto
    Uma Teoria Social da Música no Cinema Hollywoodiano
    (2022-09-22) Di Sarno, Fabrizio
    Esta tese visa estudar a música feita para os filmes de maior orçamento e distribuição produzidos pelos grandes estúdios de Hollywood. Portanto, se desenvolve no sentido de realizar uma construção histórica que perpassa o desenvolvimento da música ao longo da evolução do cinema hollywoodiano. Consequentemente, a pesquisa desemboca na confecção de uma tabela (Tabela 1) que explicita uma divisão da música cinematográfica em diferentes períodos bem como as características musicais presentes em cada um deles. Partindo dessa classificação, se almeja explicar os fatores que levaram os responsáveis por essa música a adotar os atributos presentes em cada uma das fases apontadas. Uma vez constatada a natureza multifatorial do caminho histórico percorrido pelo tipo de música estudada, a tese elabora uma explanação detalhada sobre os aspectos industriais, mercadológicos, tecnológicos, estéticos e socioculturais que influenciaram os compositores que trabalham para o mercado cinematográfico norte-americano. Além disso, o trabalho aborda a teoria do caráter social, presente na obra A Multidão Solitária, publicada em 1950 pelo sociólogo, educador e escritor David Riesman (1909- 2002), bem como a forma com que o autor aborda o impacto que a demografia exerce nos diferentes modos de conformidade, para estabelecer, assim, um paralelo com a forma pela qual o acréscimo ou decréscimo do número de filmes produzidos pelos grandes estúdios é capaz de influir na natureza da música criada para acompanhá-los. A partir dessa relação entre a demografia e a criação artística, esta tese pode servir de apoio para trabalhos que desejam estabelecer paralelos semelhantes aplicando-os em campos diversos.
  • Dissertação Acesso aberto
    Sol, praia, badalação e filmes : o envolvimento do Instituto Nacional do Cinema com os festivais de cinema a partir de um estudo de caso dos eventos da Baixada Santista (1970-1974)
    (2021-08) Corrêa, Paulo Vitor Luz
    Esta pesquisa tem como objetivo analisar o envolvimento do Instituto Nacional do Cinema (1966-1975) com os festivais de cinema, usando como estudo de caso os quatro eventos sediados na Baixada Santista em 1970, 1973 e 1974. O INC foi uma autarquia criada pela ditadura militar com o objetivo de ser o órgão que determinava as diretrizes da execução da atividade cinematográfica no país. Uma de suas prerrogativas era o envolvimento com os festivais internacionais e nacionais, se relacionando com estes eventos das mais variadas formas ao longo de seus nove anos. No período-INC, os festivais internacionais eram pautados por motivações políticas, com participações dos governos nacionais no processo de envio das obras a estes eventos. O Instituto também é palco de disputa entre a produção cinematográfica de São Paulo e Rio de Janeiro pelo controle da autarquia, fazendo com que esses embates fossem alocados para os festivais que tivessem a participação e controle do Instituto. Nos festivais do período, além da programação fílmica, predominava uma agenda social focada na presença de astros e estrelas nestes certames em atividades paralelas às exibições. As celebridades nos festivais, ao participarem das programações sociais, causavam a chamavam badalação, que era convertida em repercussão e publicidade para os festivais e entidades associadas. O Instituto daria maior atenção aos eventos nacionais que exibissem longas-metragens pensando na futura inserção de tais obras no mercado interno, reflexo do contexto do final dos anos 60 e início dos 70, período do suposto Milagre Econômico e da conquista do mercado interno do produto brasileiro em seu parque de exibição local. Os festivais brasileiros nesse contexto serão utilizados como estratégia para ajudar na “conquista”. Para construir o contexto de realização dos festivais da Baixada Santista recorreu-se a fontes do período, como jornais, revistas, legislação, Resoluções, convênios e contratos, a fim de analisar como que o INC se envolveu na realização dos quatro festivais e inseriu a sua agenda de interesses nesses eventos, quais suas características, o que têm em comum, no que diferem, que atividades foram levadas do Instituto para as suas programações, como a badalação foi utilizada como elemento de divulgação desses festivais e como a disputa pelo protagonismo cinematográfico e controle do poder estatal do setor esteve em Santos e Guarujá, percebendo então como os assuntos macros da cinematografia brasileira se deslocaram para eventos micro, isto é, os festivais. Os quatro eventos aqui analisados exemplificam os dois momentos distintos de relação do Instituto com os festivais nacionais: de 1966-1972, em que o INC cria um calendário de eventos oficiais onde insere neste apenas os considerados relevantes, mas sem organização jurídica para tal e de forma desordenada; e de 1973-1975, quando baixa a Resolução n° 88 que estabelece as normas para a realização de festivais brasileiros e cria um aparato de controle oficial que padronizaria como a autarquia lançaria suas esferas político-econômicas nestes festivais.