Requalificação dos ranchos de pesca e implementação da escola de remo Igaraté na Beira Mar de São José

Nenhuma Miniatura disponível

Data

2023-12

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

VANONI, Matheus Madeira

Orientador

DUTRA, Luciano

Coorientador

Resumo

São José tem por base histórica e cultural as conexões físicas e imateriais com o mar, oriundas dos povos indígenas e posteriormente continuadas de forma colonial entendendo a terra e o mar como meio de cultivo e tradição. Tal característica com o passar do tempo vem se afastando do cotidiano da população, fazendo com que haja o rompimento da base histórica da cultura e a criação de uma nova identidade desconexa com a história local. A cultura é pautada de atividades que envolvem as condições geográficas da área. Assim como, nas demais regiões do globo o homem molda o meio e sofre suas consequências, sendo moldado pelo mesmo, bem como, sua moral e ética. As atividades ligadas ao mar são provas de que o mesmo sustentou famílias que prosperaram nesta terra e criaram novos conhecimentos. O contato com mar é símbolo de um povo já esquecido pela colonização e recentemente pela urbanização desequilibrada. Partindo desta análise, a concepção de requalificação e resgate de um espaço cultural se apresenta de forma importante diante dos pensamentos cotidianos de cidadania. Frente a esta problemática de identidade cultural de São José, o ponto de partida Arquitetônico busca a tipologia adequada para tal situação, e acomoda a ideia de revitalização (devolver vida ao que foi esquecido) e integração de uma escola de remo, símbolo de resistência cultural através do esporte em contato com o mar. A palavra Regata de acordo com o dicionário de Língua Portuguesa está relacionada com as técnicas desportivas de conduzir embarcações com o condicionamento ideal para navegar dentro de um percurso de prova delimitado por boias e raias. Dentre os diversos modelos de embarcações utilizados para as regatas, destacam-se neste documento as embarcações a remo. A escola receberá o nome de IGARATÉ, que traduzido da linga Tupi-Guarani, significa, Canoa, fazendo referência aos povos originários e ao esporte das regatas com barcos a remo que se assemelham a canoas. Relembrando de uma época esquecida onde a prática do remo era símbolo de uma cidade diretamente ligada ao mar, estando presente estes símbolo nos Clubes Náuticos ainda existentes e operantes, sendo eles, Clube Náutico Riachuelo, Clube de Regatas Aldo Luz e Clube Náutico Francisco Martinelli, com o intuito de ser ofertado a todos, com preferência aos alunos de escolas públicas da região, estimulando o esporte e resguardando a cultura. A área a receber as intervenções arquitetônico localiza-se na ponta sul da Orla da Beira Mar de São. Local onde se encontra as instalações do rancho de pesca de pescadores locais. A criação de uma escola de remo juntamente com a requalificação do rancho de pesca, configura um espaço dinâmico com a interação do esporte, trabalho, cultura, lazer e natureza de forma equilibrada.

Palavras-chave

remo, requalificação, escola, Beira Mar de São José

Citação