Iluminação e Promoção da Saúde: estudo de caso de residências autoconstruídas na cidade de São Paulo
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Data
2022-11-03
Tipo de documento
Dissertação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Sociais Aplicadas
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Mendes, Élgen Soares
Orientador
Toledo, Renata Ferraz de
Coorientador
Sígolo, Letícia Moreira
Resumo
Práticas saudáveis que proporcionem qualidade de vida e previnam o surgimento de doenças, por muito tempo estiveram resumidas a uma boa alimentação, exercícios físicos regulares e a outros cuidados básicos de saúde. Nas últimas décadas, estudos diversos se dedicaram a identificar determinantes e condicionantes da saúde e a entender como podem contribuir para sua promoção, destacando o meio onde se vive e como as condições físicas e ambientais da cidade e da própria habitação podem influenciar diretamente a saúde de seus moradores. Assim, essa pesquisa buscou analisar a percepção de moradores de habitações autoconstruídas na cidade de São Paulo sobre a relação moradia, iluminação e saúde, a partir da sua capacidade de identificar e avaliar elementos físicos relacionados à iluminação e de critérios considerados em decisões durante uma intervenção na residência. Buscou também analisar, por meio de revisão bibliográfica, como pesquisas sobre a relação iluminação-saúde podem contribuir para a promoção da saúde no contexto da habitação autoconstruída. Trata-se de um estudo de caso, de abordagem quali-quantitativa, realizado por meio de revisão bibliográfica e pela análise de 37 questionários respondidos por moradores de habitações autoconstruídas da cidade de São Paulo. Os resultados foram analisados pela Triangulação de Métodos e revelaram que, no contexto investigado, as moradias autoconstruídas quase sempre oferecem poucas possibilidades de promover a saúde de seus moradores, e que ainda há muito a entender sobre se, e como a iluminação artificial e natural no ambiente doméstico podem contribuir para a Promoção da Saúde destes moradores. Os participantes da pesquisa acreditavam que a iluminação, em geral, poderia influenciar na sua saúde, e praticamente todos os que apontaram deficiência na iluminação de suas casas têm percepção clara do problema, conseguiam justificar suas decisões sobre as formas de iluminação escolhida e eram também capazes de identificar soluções. Conclui-se que, faz-se necessário repensar: os critérios atualmente usados para classificar a moradia quanto à sua adequação, nos quais se apoiam as políticas públicas de combate à inadequação habitacional; a efetividade da participação social em sua elaboração; e o papel da iluminação natural e artificial, como elemento capaz de contribuir para a promoção da saúde na moradia.
Palavras-chave
Autoconstrução, Habitação, Luz artificial, Luz natural, Saúde ambiental