Tendência temporal da Incidência de Hepatite B em Santa Catarina no período de 2008 a 2015

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2017

Tipo de documento

Artigo Científico

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso embargado

Editora

Autores

Krahl, Mateus

Orientador

Pereira, Elayne

Coorientador

Schlindwein, Aline Daiane

Resumo

Abstract: Introduction: Hepatitis B (HB) is a public health problem in Santa Catarina. Objective: To analyze the temporal trend of the incidence of HB in the State of Santa Catarina from 2008 to 2015. Methodology: Ecological study of time series from 12,030 records of the Information System of Notification Diseases (SINAN) available from DIVE. Incidence rates of HB per 100,000 inhabitants (general according to sex, gender by age group, Health Region) and proportions for the sources of infection were calculated. The time trend was estimated using the simple linear regression method. Results: The overall incidence rate was stationary in Santa Catarina. The incidence for both sexes showed an increasing trend with a reduction in younger age groups and a rise in rates in the population over 40 years. There was a predominance of HB in males throughout the study period. In most cases the source of infection was unknown or unfilled in the notification form. The sexual route is the main cause of contagion, followed by the vertical route, both tending to increase. The Carboniferous Health Region was the only one with a significant decrease in rates, while the Alto Vale do Itajaí and Planalto Norte evidenced a significant increase in the indices. The regions of the West follow with the highest incidences of the State. Discussion: The high incidence of HB can be partly justified by the improvement in the notification systems and the diagnostic methods as well as by the epidemiological profile characteristic of this disease in the State. Vaccination certainly contributed to reducing the trend of incidence in individuals under 20 years of age. However, the aging of the population and the prolongation of sexual life culminated in an increasing tendency of the rates in the elderly population of Santa Catarina. Conclusion: The epidemiological singularity of HB in the state of Santa Catarina requires a broad public policy and a progressive increase in the vaccination coverage of the population.
Resumo Introdução: A hepatite B (HB) é um problema de saúde pública em Santa Catarina. Objetivo: Analisar a tendência temporal da incidência de HB no Estado de Santa Catarina no período de 2008 a 2015. Metodologia: Estudo ecológico de séries temporais a partir de 12.030 fichas de investigação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) disponibilizados pela DIVE. Foram calculadas taxas de incidências de HB por 100 mil habitantes (geral segundo sexo, sexo por faixa etária, Região de Saúde) e proporções para as fontes de infecção. Estimou-se a tendência temporal pelo método de regressão linear simples. Resultados: A taxa de incidência geral foi estacionária em Santa Catarina. A incidência para ambos os sexos demostrou tendência crescente com uma redução em faixas etárias mais jovens e ascensão das taxas na população acima dos 40 anos. Houve uma predominância de HB no sexo masculino em todo o período estudado. Na maioria dos casos a fonte de infecção foi desconhecida ou não preenchida na ficha de notificação. A via sexual é a principal causa de contágio, seguida da via vertical, ambas com tendência ascendente. A Região de Saúde Carbonífera foi a única com decréscimo significativo das taxas, enquanto o Alto Vale do Itajaí e Planalto Norte evidenciaram um aumento significativo nos índices. As regiões do Oeste seguem com as maiores incidências do Estado. Discussão: As altas incidências de HB podem ser em parte justificadas pela melhoria nos sistemas de notificação e dos métodos diagnósticos como pelo perfil epidemiológico característico dessa doença no Estado. A vacinação pode ter contribuído para a redução da tendência da incidência nos indivíduos abaixo dos 20 anos. Entretanto, fatores como o envelhecimento populacional e o prolongamento da vida sexual culminaram em uma tendência crescente das taxas nos catarinenses de maior faixa etária. Conclusão: A singularidade epidemiológica da HB no estado catarinense exige ampla atuação de políticas públicas e um aumento progressivo na cobertura vacinal da população.

Palavras-chave

Hepatite B, Incidência, Epidemiologia, Série temporal

Citação

Coleções