Efeitos de diferentes modalidades de treinamento físico na capacidade funcional cardiorrespiratória e na força muscular respiratória de pacientes com Acidente Vascular Encefálico na fase crônica: revisão sistemática e metanálise
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Data
2021-10
Tipo de documento
Dissertação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Peça, Priscila
Orientador
Scapini, Kátia
Coorientador
Resumo
Introdução: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma doença incapacitante que corresponde à primeira causa de morte no Brasil. A incapacidade causada pelo AVE leva a restrições ao leito no período agudo e dificuldades de locomoção que acarretam a perda de massa muscular, fraqueza e limitação funcional na fase crônica. Ainda durante a hospitalização esses pacientes apresentam complicações respiratórias que se perpetuam na fase crônica, inclusive pela fraqueza dos músculos respiratórios. Esses fatores promovem o descondicionamento físico dessa população, por isso, recomenda-se a reabilitação com exercícios, que inclui o treinamento resistido, aeróbio e inclusive o treinamento da musculatura respiratória. Objetivo: Revisar sistematicamente os efeitos de diferentes modalidades de treinamento físico (resistido, aeróbio, combinado e respiratório) na capacidade funcional cardiorrespiratória e na força muscular respiratória de pacientes com acidente vascular encefálico na fase crônica. Método: Para tal, foi realizada uma revisão sistemática com metanálise. As buscas foram realizadas nas bases de dados PubMed, EMBASE, LILACS e PeDro e foram incluídos ensaios clínicos randomizados que tiveram
como participantes pacientes com AVE na fase crônica e que compararam os efeitos de treinamento físico (aeróbio, resistido, combinado ou treinamento muscular respiratório (TRM)) com grupo controle. Os desfechos avaliados foram a capacidade funcional cardiorrespiratória e a força muscular respiratória. Resultados: A estratégia de busca identificou 4564 referências, dessas 23 preencheram todos os critérios de elegibilidade e foram incluídas, sendo que 16 tinham como intervenção o treinamento aeróbio, quatro o TMR, uma treinamento resistido, uma treinamento combinado e uma delas treinamento aeróbio, resistido e combinado. Observamos que tanto o treinamento aeróbio (quinze estudos: 2,77ml/kg/min, IC 95%: 2,13 - 3,41; I2 : 50%) quanto o resistido melhora os valores de VO₂ (dois estudos: 2,36 ml/kg/min, IC 95%: 1,40 - 3,31; I2: 0%). Treinamento muscular inspiratório e expiratório melhoram pressão inspiratória máxima (PImáx) (quatro estudos: 32,62 cmH2O, IC 95%: 22,23 - 43,02; I2: 17%) e pressão expiratória máxima (PEmáx) (três estudos: 21,74 cmH2O, IC 95%: 2,28 - 41,19; I2: 70%). Conclusão: Treinamento físico, especialmente o aeróbio e o TMR, é benéfico para a população acometida por AVE mesmo na fase crônica, uma vez que podem melhorar a capacidade funcional cardiorrespiratória e a força muscular respiratória, culminando em diminuição de novos eventos e complicações.
Palavras-chave
Acidente Vascular Encefálico, Exercícios Respiratórios, Treinamento Aeróbio, Treinamento Resistido, Revisão Sistemática