A abordagem da Educação Sexual na BNCC: uma analise documental a partir da interface com a área das ciências da natureza
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Data
2022-12-07
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
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Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Biológicas
Modalidade de acesso
Acesso fechado
Editora
Autores
Neves, Talita Machado
Orientador
Brizola Yared, Yalin
Coorientador
Resumo
A sexualidade é uma dimensão do ser humano e ao longo da vida acontece uma Educação Sexual não formal, influenciada pelo meio na qual cada indivíduo vive. Na escola, por meio do convívio dos colegas, é o espaço onde ocorre maior manifestação da sexualidade, principalmente entre adolescentes, por isso, torna-se importante sua abordagem de forma intencional. Entretanto, na última década, o Brasil enfrenta um fortalecimento de movimentos fundamentalistas e repressivos, que buscam cercear direitos conquistados no campo da sexualidade ao longo da história. Um desses reflexos, foi a retirada dos termos “orientação sexual” e “gênero” da Base Nacional Comum Curricular, sendo esta atitude capaz de influenciar a atuação docente em abordagens intencionais de Educação Sexual. Então, por meio disso, o presente estudo investigou como a sexualidade e a Educação Sexual são abordadas, particularmente na área de conhecimento das Ciências da Natureza, nos anos finais do ensino fundamental, na Base Nacional Comum Curricular do ano de 2018, à luz das vertentes pedagógicas. De natureza qualitativa, configurou-se fundamentalmente em uma pesquisa documental, de caráter exploratório descritivo, que utilizou o método dialético de análise da realidade. E a análise seguiu os passos da análise de conteúdo pautada em Bardin (2014). A elaboração dos indicadores derivada da análise das vertentes pedagógicas cunhadas por Nunes (1996). Como resultado foi possível registrar que há o predomínio da vertente médico-biologista como paradigma orientador da Educação Sexual proposta pelo documento; ocorre restrição aos profissionais da Ciências Biológicas como docente responsável e autorizado por esta ação formal; porém, que há “vestígios” que possibilitam, pelo aporte legal, a abordagem da Educação Sexual formal pautada na vertente dialética e política com vistas à emancipação dos sujeitos envolvidos e na transformação da realidade concreta.
Palavras-chave
Educação sexual emancipatória, Ciências da natureza, BNCC, Vertentes pedagógicas de educação sexual