Contribuição de mediadores plasmáticos e placentários, inflamatórios e pró-resolutivos para o trabalho de parto induzido em humanos

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2021-12-06

Tipo de documento

Tese

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Área do conhecimento

Ciências da Saúde

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Volpato, Lia Karina

Orientador

Piovezzan, Anna Paula

Coorientador

Resumo

Introdução: O início do trabalho de parto (TP) envolve vários eventos fisiológicos, porém, os mecanismos que o desencadeiam não são totalmente compreendidos, apesar do conhecimento de que são regulados por fatores endócrino, nervoso e imunológico. Objetivo: Comparar os níveis de citocinas inflamatórias no plasma e placenta, o imunoconteúdo da Anexina A1 (ANXA1) e do FPR2/ALX e o número de neutrófilos na placenta de gestantes com TP espontâneo àquelas submetidas a indução de parto por gestação a termo tardio. Método: O estudo incluiu gestantes saudáveis admitidas para parto (16 pacientes) ou indução de parto (24 gestantes, com falha na indução em 4 delas). As amostras foram avaliadas por ELISA, no plasma e na placenta, para TNF, IL-1β, IL-6, IL-8 e IL-10, por Western Blotting para ANXA1 e FPR2/ALX e imunofluorescência para o anticorpo CD15+ (neutrófilo) na placenta. Os dados foram analisados pelo teste de Kruskal-Wallis seguido do método de Dunn e correlação de Spearman. O valor de p foi considerado significante quando ≤ 0,05. Resultados: Observou-se redução dos níveis de TNF plasmático pós indução no grupo em que houve falha de indução (p = 0,023). Encontrou-se maior concentração de IL-8 na placa amniótica (p = 0,049) e de TNF (p < 0,001) e IL-10 (p < 0,001) no trofoblasto das pacientes com TP espontâneo. Também, foi observada maior densidade de ANXA1 no trofoblasto daquelas com falha de indução (p = 0,041). Identificou-se correlação positiva moderada do tempo de indução com a densidade de ANXA1 no trofoblasto (r=0,580) e com o nível de IL-6 na placa amniótica (r=0,517) e correlação positiva fraca entre o tempo de TP e a densidade de ANXA1 no trofoblasto (r= 0,419). Além disso, foi identificado aumento significativo na imunomarcação de células CD15+ entre os grupos com TP espontâneo comparadas com o grupo em que houve falha de indução (p < 0,001). Conclusão: Pode-se concluir que o processo inflamatório no TP envolve a participação tanto materna quanto fetal. Os resultados encontrados solidificam os achados de estudos anteriores, contudo outros ensaios são necessários para determinar os gatilhos ao desencadeamento do TP.

Palavras-chave

Gestação, Trabalho de parto, Inflamação, Resolução da inflamação

Citação