Encefalopatia Hepática secundária a Shunt Portossistêmico: relato de caso

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Data

2023-11

Tipo de documento

Estudo de Caso

Título da Revista

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Área do conhecimento

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

NASCIMENTO, Emily
FERREIRA, Barbara Eloiza Alves
LIMA, Laura de Almeida de
MENESES, Roseli
OSHIYAMA, Suellen Silva

Orientador

SILVA, Mariana Aguiar

Coorientador

Resumo

O Shunt Portossitêmico é uma alteração portovascular muito comum em cães, essa alteração forma vasos anômalos a partir da veia porta, permitindo assim que o sangue de origem do sistema digestório, baço e pâncreas seja enviado para a circulação venosa, fazendo com que o fígado não receba aporte adequado de oxigênio e nutrientes, resultando em insuficiência hepática. Os shunts portossistêmicos podem ter duas formas, a congênita que é uma alteração intra-hepática e acomete raças grandes e a adquirida que é uma alteração extra-hepática, sendo que nesta ela pode ter diversas causas. Um dos sinais clínicos de shunt portossistêmico é a encefalopatia hepática, um distúrbio metabólico ocasionado pelo mau funcionamento ou por alterações anatômicas do fígado, levando a uma não conversão e metabolização de amônia, um produto tóxico para o sistema nervoso central. Sendo assim, o excesso de amônia no sangue, alcança o sistema nervoso central causando intoxicação e alterações neurológicas. O presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo relatar o caso de um Yorkshire Terrier, de 15 anos, que foi atendido no Veros Hospital Veterinário, apresentando alterações neurológicas compatíveis com encefalopatia hepática, tendo seu diagnóstico definitivo para shunt portossistêmico extra-hepático. O animal chegou ao hospital com histórico de andar compulsivo, head tilt e incoordenação motora há 2 semanas. Na anamnese, foi relatado anorexia, insônia, convulsão e quedas consecutivas. Em resultados de exame laboratorial, foi encontrado leucocitose, uremia e níveis de creatinina dentro da normalidade. Em resultado da ultrassonografia abdominal, foi possível observar o fígado com dimensões reduzidas, e na região epigástrica foi observado vaso de trajeto tortuoso e de grande calibre que se origina na veia porta e se insere na face lateral da veia cava caudal. Para o tratamento foi prescrito as seguintes medicações: manipulado hepático com vitamina E, S-Adenosil-Metionina e Silimarina; Gabapentina, Anlodipino, Lactulona e Metronidazol. Também foi orientado a dieta Royal Canin Renal Wet. A anamnese e exame físico fazem toda a diferença para obter o diagnóstico correto. Para um diagnóstico preciso, é necessário também realizar exames laboratoriais e ultrassom. O tratamento vai auxiliar na qualidade de vida do animal enquanto estiver enfrentando a doença.

Palavras-chave

Neurologia, Desvio portossistêmico, Alterações neurológicas

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