A VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR DO ENSINO MÉDIO NO CONTEXTO DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (2014-2024): AVANÇOS E DESAFIOS EM REDES ESTADUAIS DE ENSINO

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Data

2024-02

Tipo de documento

Dissertação

Título da Revista

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Área do conhecimento

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

BORGES, M.E.M

Orientador

COSTA, Gilvan, Luiz machado

Coorientador

COSTA, Gilvan Luiz machado

Resumo

O presente estudo está articulado à linha de pesquisa Educação, História e Política, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e ao Grupo de Estudos e Pesquisas Sobre o Ensino Médio (GREPEM). Estabeleceu-se como objetivo geral analisar os avanços e desafios relacionados à valorização docente no Ensino Médio em Santa Catarina e no Rio Grande Norte, considerando os contextos histórico, político e educacional brasileiro. Buscou-se analisar, de forma crítica, aspectos relacionados à formação e às condições de trabalho docente pautadas nas categorias do método crítico-dialético, com ênfase na totalidade, historicidade e contradição. Duas categorias de conteúdo emergiram da análise dos dados: formação docente no Ensino Médio e condições de trabalho dos professores. A análise realizada aponta avanços educacionais tímidos e, ao mesmo tempo, que muitos são os desafios enfrentados por ambos os estados para superar a desvalorização docente no contexto do Ensino Médio, ofertado nas escolas das redes estaduais de ensino. Com relação à formação inicial, na análise do indicador “Adequação da Formação Docente”, os dados expuseram um significativo número de pessoas “lecionando” sem adequada formação ou com licenciatura, mas não na disciplina que lecionam, e evidenciam o distanciamento do preconizado na meta 15 do PNE. No contexto da Formação Continuada, destacam-se avanços obtidos pelos estados pesquisados para o alcance da meta 16, já que percentuais maiores de professores obtiveram acesso à especialização. Por outro lado, ressalta-se o desafio de ampliar as taxas de mestres e doutores. No contexto das metas 17 e 18 do PNE, ficaram evidentes as precárias condições de trabalho, expressas na manutenção de percentuais altíssimos de professores com contratos temporários e com uma jornada de trabalho intensa e extensa. Ao problematizar o indicador Esforço Docente, constatou-se que os professores do Ensino Médio das escolas estaduais lecionam em mais de uma escola, em três turnos, em mais de uma etapa da Educação Básica e têm muitos alunos. Conclui-se, com base nos resultados das análises dos dados, que Santa Catarina e Rio Grande do Norte têm grandes desafios relacionados à formação, carreira e condições de trabalho docente e que foram negligentes em garantir o Ensino Médio com qualidade social. Tal realidade distancia os dois estados da federação de se alinhar ao direito à educação de qualidade socialmente referenciada.

Palavras-chave

Ensino Médio, Políticas Educacionais, Formação Docente, Condições de Trabalho Docente.

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