A desigualdade de renda brasileira: os impactos da herança escravista no mercado de trabalho
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Data
2022-12-15
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Sociais Aplicadas
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Silva, Ana Carolina Lara da
Santos, Biatriz Hadjina dos
Cesário, Dayse Lima
Macedo, Joyce Nascimento
Wanderley, Pamela Rodrigues
Orientador
Marson, Ana Carolina de Araujo
Coorientador
Resumo
O presente trabalho aborda os impactos da herança escravista no mercado de trabalho referente à desigualdade de renda brasileira, através da metodologia qualitativa descritiva para a análise e pela compreensão do conceito de Racismo Estrutural como um dos principais fatores dessa desigualdade. As pesquisas revelam que em 2019, 47,4% da população preta ou parda estava mais inserida em trabalhos informais quando comparada à população branca, que era de 34,5%. E das pessoas ocupadas, em média, a renda das pessoas brancas era 73% maior que a de pessoas pretas ou pardas. O Brasil, último país das Américas a abolir a escravidão como regime de trabalho, baseia sua formação econômica na concentração de renda e precarização do trabalho, trazendo consequências para a população. A herança escravista presente no mercado de trabalho, tem como exemplo a desigualdade de renda entre as pessoas, e no recorte de cor ou raça preta ou parda em comparação à branca, verifica-se que os trabalhos informais estão mais presentes e especialmente as mulheres pretas são as mais afetadas. Nesse sentido, o conceito de Racismo Estrutural nos conduz na análise, uma vez que é um conjunto de práticas e hábitos que fortalecem o preconceito, de ordem política, econômica e social. E apesar de políticas públicas, como a lei de cotas em universidades, observamos que a falta de oportunidades, falta de representatividade em cargos gerenciais, a segregação e marginalização da população preta ou parda são normalizados, colocando-as mais em situação de vulnerabilidade social.
Palavras-chave
Desigualdade de renda brasileira, Herança escravista, Impactos, Mercado de trabalho