Efeitos da fotobiomodulação transcraniana na cognição de adultos com comprometimento cognitivo leve: Um ensaio clínico randomizado controlado

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Data

2024-02

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Modalidade de acesso

Acesso embargado

Editora

Autores

OLIVEIRA, Bruna Hoffmann de, MSc.

Orientador

MARTINS, Daniel Fernandes, Dr.

Coorientador

SILVA, Anna Quialheiro da, Dra.

Resumo

Introdução: A crescente prevalência global do comprometimento cognitivo leve (CCL) como consequência do envelhecimento destaca uma lacuna significativa nas opções terapêuticas. A fotobiomodulação transcraniana (FBMt) emerge como uma intervenção promissora, envolvendo a entrega de luz vermelha e infravermelha nos tecidos encefálicos. Objetivos: Avaliar o impacto da terapia FBMt na cognição (desfecho primário), bem como desfechos secundários como depressão, ansiedade, escores de resiliência e biomarcadores de neuroplasticidade e neurodegeneração em indivíduos com CCL. Materiais e Métodos: 93 adultos com CCL foram randomicamente designados para o grupo tratado (GT: n=47) e grupo placebo (GP: n=46). Avaliações clínicas foram realizadas no início, após o tratamento (8 semanas) e com um acompanhamento de três meses. O tratamento consistiu na utilização de um capacete com 850nm e 660nm. Foram mensurados os níveis séricos do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), enolase específica de neurônios (NSE) e proteína ligadora de cálcio B (S100B). Os efeitos da intervenção foram analisados utilizando ANOVA bidirecional de medidas repetidas com testes post hoc de Tukey, teste exato de Fischer e Equações de Estimativas Generalizadas (GEE). Resultados: Dos 93 participantes 76 (GT: 40, GP: 36) concluíram o estudo. O GT melhorou significativamente a cognição no Montreal Cognitive Assessment (MoCA) em comparação com o GP (p=0.0301). Essa melhoria cognitiva persistiu no acompanhamento de três meses, acompanhada por um aumento significativo nos níveis de BDNF no GT (p=0.0046). Os valores delta para os escores do MoCA foram mais altos no GT (3.20) em comparação com o GP (1.97), e para o BDNF, os valores delta também foram mais altos no GT (821.94) em comparação com o GP (359.41). A FBMt não mostrou alterações significativas nos escores depressão, ansiedade, escores de resiliência ou nos níveis de NSE e S100B. Conclusões: A FBMt emerge como uma opção terapêutica segura, evidenciando o aprimoramento da cognição e o aumento dos níveis de BDNF. Sua aplicação como tratamento complementar pode exercer um papel importante na prevenção de doenças neurodegenerativas.

Palavras-chave

disfunção cognitiva, idoso, terapia com luz de baixa intensidade

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