Vozes docentes: avaliando a proposta curricular de Santa Catarina

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Data

2003-12

Tipo de documento

Dissertação

Título da Revista

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Área do conhecimento

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Magnanti, Celestina Inez

Orientador

Furlanetto, Maria Marta

Coorientador

Resumo

O presente estudo tem como tema a avaliação da Proposta Curricular da Secretaria de Estado da Educação (SC) na (pela) voz do professor, com o objetivo de investigar a consistência teórico-prática dos seus princípios epistemológicos e metodológicos entre os docentes de Língua Portuguesa. O trabalho caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa exploratória, descritiva e explicativa, com coleta de dados via questionário, entrevistas e observação. Para tanto, foram enviados 40 questionários para os professores que, entre agosto e setembro de 2002, atuavam, em sala de aula, no ensino da Língua Portuguesa, nas 06 (seis) escolas da rede estadual do município de Maravilha. As entrevistas e as observações foram realizadas com 03 (três) professores, dentre os 40 (quarenta). Os dados obtidos foram analisados utilizando-se alguns procedimentos da análise do discurso, associados aos fundamentos teóricos da Proposta, de caráter sócio-interacionista (Bakhtin) e histórico-cultural (Vygostsky). Os resultados desta análise apontam para um conflito: as vozes remetem a formações discursivas antagônicas, seja no âmbito teórico, seja na relação teoria/prática. Ora os professores se expressam pelo discurso sócio-interacionista, ora suas imagens são aquelas da tradição positivista, visto que vivem ideologicamente uma situação contraditória. À igualdade da visão democrática se contrapõe uma visão marcadamente hierárquica, em que a nitidez da “ordem” estabelece um lugar para cada qual. Os três momentos da pesquisa possibilitaram-nos observar que o professor, mesmo estando sujeito a regulações do sistema educacional que estabelece uma relação de dominação, uma rígida ordem hierárquica, incidindo sobre suas atitudes e representações, no contexto da rede estadual, há a possibilidade de ruptura, da construção do novo, de projetos educativos propiciada pela PC-SC, através de sua fundamentação teórica e dos seus encaminhamentos metodológicos. O imaginário que se construiu pode ser ressignificado porque funciona como elemento de contraste e de possibilidade de novo conhecimento. Apesar do desconforto que pode provocar a tessitura contraditória do material discursivo analisado, traz questionamentos positivos, que servirão de marco para o trabalho futuro nas escolas de Santa Catarina.

Palavras-chave

Vozes docentes, Proposta curricular, Teoria-prática pedagógica

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