Justiça restaurativa: e sua aplicação no Brasil
Carregando...
Data
2019
Tipo de documento
Monografia
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Sociais Aplicadas
Modalidade de acesso
Acesso fechado
Editora
Autores
João Cardoso Leal, João Cardoso
Orientador
Patrícia Santos e Costa, Patrícia Santos
Coorientador
Resumo
Diante do contexto social, o processo judicial, como método ortodoxo de solução de conflitos, deixa de ser eficaz na pacificação dos interesses da efetivação da promessa constitucional de acesso à justiça. Assim, surge o Código de Processo Civil de 2015 que inaugurou um novo formato de acesso à justiça, canalizando os esforços para as soluções construídas e não adjudicadas. Este formato é encarado como sistema de Justiça Multiportas, cuja adequação da tutela jurisdicional aponta para operações nas esferas legislativa, jurisdicional e negocial, de modo a romper barreiras de acesso à justiça no curso de todo o procedimento, na tentativa de substituir a cultura do litígio pela cultura do consenso, na busca pela pacificação social, oferecendo aos jurisdicionados formatos e métodos variados coexistentes de distribuição da justiça e solução de conflitos, como: mediação, conciliação e a recente e inovadora Justiça Restaurativa. O objetivo desta monografia é verificar, por meio de pesquisa bibliográfica e documental, as possibilidades trazidas pela Justiça Restaurativa e sua aplicação no Brasil, tendo em vista o grande número de processos judiciais litigiosos, sendo o método de abordagem utilizado, quanto à natureza, qualitativo, e quanto ao pensamento, dedutivo. Conclui-se que a abordagem restaurativa surge como método inovador de pacificação social, na solução de conflitos de quaisquer gêneros, com viés totalmente voltado para a busca e reparação do dano e a pacificação social. Diante de um sistema penal saturado, as leis se adaptaram e evoluíram para fomentar novas formas de soluções de conflitos. De modo que o modelo restaurativo está ganhando a cada dia mais espaço em detrimento dos outros modelos de solução de conflitos, pois não tem como foco a adequação do comportamento criminal na lei, e sim a reparação das relações afetadas pelo crime, por meio das partes, que são as protagonistas.
Palavras-chave
Justiça multiporta, Justiça restaurativa, Pacificação social