IMAGENS DA RODOVIA TRANSAMAZÔNICA: REGIME ESCÓPICO DA COLONIALIDADE NAS REPORTAGENS E FOTOGRAFIAS DE ELAINE BORGES (1972)

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Data

2023-08

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Tese

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Modalidade de acesso

Acesso embargado

Editora

Autores

VIEIRA, Isadora Muniz

Orientador

Cernicchiaro, Ana Carolina

Coorientador

Resumo

A presente tese tem como objeto de estudo as reportagens e fotografias feitas pela jornalista Elaine Borges para o jornal catarinense O Estado em outubro de 1972. Como correspondente Elaine Borges cobriu a ida de trabalhadores rurais do interior de Santa Catarina para a Transamazônica através do projeto de colonização implantado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) como parte do I Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), na vigência do governo militar. O objetivo geral da tese é compreender como a jornalista criou imagens a respeito desses trabalhadores rurais em seus textos e fotografias, bem como a Amazônia e seus habitantes locais. Partindo do método de pesquisa documental, tensiona-se o acervo fotojornalístico de Elaine Borges à teoria decolonial disponível. Busca-se conceituar e historicizar a modernidade e a colonialidade explicando como ambas são indissociáveis na história da humanidade; discutir a ideia de encobrimento, a partir do que compreendeu o filósofo argentino Enrique Dussel (1993); mobilizar a ideia de imagem dialética e o conceito de sobreexposição de Georges Didi-Huberman (2014) para compreender a maneira com que os povos e as pessoas consideradas marginalizadas acabam, paradoxalmente, encobertas pelo olhar da colonialidade e (sobre)expostas ao desaparecimento. Este tecimento teórico permitiu a elaboração da noção, que ora chamamos, de regime escópico da colonialidade. Assim, nesta tese propôs-se discutir através do trabalho da jornalista Elaine Borges, como o regime escópico da colonialidade opera como um regime onde é possível perceber os encobrimentos e as sobreexposições.
Esta tesis tiene como objeto de estudio los reportajes y fotografías realizadas por la periodista Elaine Borges para el periódico del estado de Santa Catarina llamado “O Estado” en octubre de 1972. Como corresponsal Elaine Borges hizo la cobertura del viaje de los trabajadores rurales del interior de Santa Catarina a Transamazónica a través del proyecto de colonización implementado por el Instituto Nacional de Colonización y Reforma Agraria (INCRA) como parte del I Plan Nacional de Desarrollo (PND) durante el gobierno militar. El objetivo general de la tesis es comprender cómo la periodista ha criado imágenes sobre estos trabajadores rurales en sus textos y fotografías, así como la Amazonia y sus habitantes locales. Utilizando el método de investigación documental, el acervo fotoperiodista de Elaine Borges se analiza con la teoría decolonial disponible. Se busca conceptualizar e historiar la modernidad y la modernidad y el colonialismo explicando cómo ambas son indisociable en la historia de la humanidad; discutir la idea de encubrimiento a partir de lo que entendió el filósofo argentino Enrique Dussel (1993); movilizar la idea de imagen dialéctica y el concepto de sobreexposición de Georges Didi Huberman (2014) para comprender la manera con que los pueblos y las personas consideradas marginados terminan, paradojamente, encubiertas por la mirada del colonialidad y (sobre)expuestos a la desaparición. Esta relación teórica ha permitido la elaboración de la idea que llamamos de régimen escópico del colonialidad. Así, esta tesis se propone a discutir a través del trabajo de la periodista Elaine Borges, cómo el régimen escópico del colonialidad funciona como un régimen donde es posible percibir los encubrimientos y las sobreexposiciones.

Palavras-chave

Transamazônica, Modernidade, Colonialidade, Regime escópico, Elaine Borges

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