Investigação experimental da relação entre o acidente vascular cerebral isquêmico e a sepse: um panorama entre o sexo biológico
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Data
2024-03
Tipo de documento
Tese
Título da Revista
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Título de Volume
Área do conhecimento
Modalidade de acesso
Acesso embargado
Editora
Autores
JOAQUIM, Larissa da Silva
Orientador
BITENCOURT, Rafael Mariano
Coorientador
PETRONILHO, Fabricia Cardoso
Resumo
Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de incapacidade a longo prazo no mundo. A complexidade do restabelecimento do aporte sanguíneo no AVC isquêmico (AVCi) envolve neuroinflamação que pode culminar em sepse. Objetivo: Avaliar a relação entre AVCi e sepse em ratos machos e fêmeas sobre alterações neuroquímicas e comportamentais. Métodos: Ratos Wistar machos e fêmeas com dois meses de idade foram submetidos ao modelo de AVCi por 60 minutos de oclusão da artéria cerebral média ou cirurgia simulada. Aleatoriamente, grupos sham+sham, MCAO+sham, SHAM+CLP e MCAO+CLP, 7 dias pós-AVCi, ratos foram submetidos ao modelo de sepse, ligadura e perfuração cecal (CLP). Avaliações neuroquímicas do tamanho do infarto, ativação microglial e astroglial, citocinas inflamatórias, estresse oxidativo e parâmetros da cadeia respiratória mitocondrial foram quantificados 8 dias pós-AVCi e 24h pós-CLP no córtex pré-frontal e hipocampo. Os efeitos comportamentais de sobrevivência, déficit neurológico, comprometimento da memória e peso foram avaliados até 15 dias pós-AVCi e 8 dias pós-CLP. Resultados: A sepse pós-AVCi pode levar à diminuição da sobrevida, déficit neurológico e memória de curto e longo prazo em fêmeas até 15 dias, apesar de não ter diferença no tamanho do infarto com 8 dias de reperfusão. Aumento da ativação glial no córtex pré-frontal de machos e hipocampo e nos níveis de TNF-α e IL-1B e diminuição dos níveis de IL-6 no córtex pré-frontal e hipocampo de fêmeas com efeito específico sexo. A atividade da MPO aumentou no córtex pré-frontal de machos e fêmeas com diferença significativa em machos. Parâmetros de dano oxidativo aumentados, TBARS no hipocampo de fêmeas com efeito específico sexo e CARBONIL no córtex pré-frontal de machos com efeito específico sexo. Parâmetros mitocondriais diminuídos em machos no córtex pré-frontal com efeito do sexo específico no complexo II, II-III SHD e IV 24h após CLP pós-AVCi. Conclusão: A sepse após AVCi piora a recuperação de fêmeas por até 15 dias.
Palavras-chave
acidente vascular cerebral isquêmico, sepse, neuroinflamação, cérebro, imunodepressão