Avaliação in silico por docking molecular da atividade de compostos da cagaita (eugenia dysenterica) sobre a proteína 1 relacionada à tirosinase (trp1)
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Data
2022-12-13
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Souza, Raquel Carvalho de
Orientador
Moraes Junior, Ricardo Costa de
Coorientador
Resumo
As hipercromias constituem uma das dermatopatologia de maior prevalência nas atualidades e tem sua etiologia decorrente da produção disfuncional de melanina. A síntese deste pigmento envolve a metabolização da tirosina orquestrada por 3 enzimas, dentre elas a proteína 1 relacionada a tyrosinase (TRP1). Diversos estudos têm evidenciado o potencial de espécies vegetais na inibição da melanogênese por meio da inibição da enzima tyrosinase, dentre elas a Cagaita (Eugenia dysenterica), que promoveu inibição in vitro da tyrosinase em estudos anteriores. Entretanto, são desconhecidos na literatura resultados da interação de compostos desta espécie vegetal com a TRP1. No presente estudo é avaliado o potencial de inibição da TRP1 por compostos da Cagaita (epicatequina, ácido gálico, glicosídeo de quercetina e miricetina pentosídeo) por docking molecular, um método de avaliação in sílico que simula a interação molecular e presume o modo de ligação e afinidade entre receptores e ligantes. Foram obtidos modelos da proteína TRP1 no protein data bank (código pdb – 5M8M) e de compostos identificados da cagaita na base de dados do Pubchem. A ancoragem dos compostos na proteína e a energia livre da ligação foi avaliada através do software auto-dock Vina e as interações entre os compostos e os resíduos de aminoácidos foram determinadas pelo software Discovery studio. Realizou-se como controle a docagem do ácido kójico, um conhecido inibidor da melanogênese que em estudos anteriores também ligou-se à TRP1. Observou-se que todos os compostos apresentaram maior interação com a TRP1 comparada ao ácido kójico. A interações do ácido gálico e a epicatequina com a proteína foram similares às interações do ácido kójico com a TRP1, inclusive com cofatores de Zinco que estão relacionados com a atividade catalítica desta enzima. Os resultados representam uma evidência de que tais compostos podem apresentar potencial como inibidores da melanogênese. São necessários, contudo, que confirme por técnicas in vitro e in vitro a inibição e a segurança do mesmos.
Palavras-chave
Docking molecular, Eugenia dysenterica, TRP1, Grid box, Otimização, Eumelanina