As vivências de universitários envelhescentes com ensino com componentes curriculares online

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Data

2023-11

Tipo de documento

Dissertação

Título da Revista

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Área do conhecimento

Modalidade de acesso

Acesso fechado

Editora

Autores

FERNANDES, Isabela Silva

Orientador

SALLES, Rodrigo Jorge

Coorientador

ORTIZ, Sandra Regina Mota

Resumo

O ensino à distância tem ganhado força no Brasil, registrando aumento de mais de 25% nas inscrições e chegando a superar o número de matrículas presenciais em 2021. Com o avanço da tecnologia, em especial após o período de pandemia de Covid-19, as Instituições de Ensino Superior têm adaptado seu modelo de ensino para abranger esse novo cenário. Entretanto, a acelerada expansão dos meios tecnológicos torna-se um desafio para a integração de indivíduos no envelhescentes e pessoas idosas. O estudo teve como objetivo identificar e analisar facilitadores e barreiras percebidos por adultos maiores de 50 anos no processo de aprendizagem com componentes online no ensino superior. Trata-se de um estudo de campo, transversal, com abordagem qualitativa. A análise de conteúdo de Bardin foi utilizada como método de tratamento dos dados e adotou-se a psicologia social do envelhecimento e conceitos freirianos como referencial teórico. O estudo contou com 9 participantes, com média de idade de 57 anos, em sua maioria do gênero feminino (n=7) e com formação acadêmica anterior (n=8). De modo geral, a classificação das afirmações acerca da percepção das aulas com componentes online foi de que ela é um grande facilitador no processo de aprendizagem. Todos os participantes relataram desejo de se recolocar no mercado de trabalho e atribuíram o ingresso na graduação como uma forma de pertencer à sociedade. Para as mulheres, este processo teve um significado ainda mais profundo, visto que devido a estigmas sociais, sentiam-se obrigadas a dedicar mais tempo à família e à casa, do que buscar investir em seus desejos particulares. A importância das relações intergeracionais e suporte social apresentaram-se com papel chave para estimular os participantes a continuar trilhando seu caminho educacional. Pode-se concluir que a história de vida está essencialmente relacionada à motivação intrínseca em voltar a estudar e que, embora haja percalços relacionados à apoio social, financeiro e de letramento, o desejo de resistir e reinserir-se em sociedade oportuniza a quebra de paradigmas e estigmas.

Palavras-chave

Envelhecimento, Aprendizagem ao Longo da Vida, Tecnologia

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