Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais por Assunto "Alterações de Terra"
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Dissertação Acesso fechado Ecoepidemiologia do envenenamento ofídico no Sul do Brasil.(2023-12) FRANCISCO, Edenilson OsinskiO envenenamento por serpentes é um problema de saúde global que acomete milhares de pessoas anualmente, deixando muitas com sequelas permanentes. Nesta dissertação analisamos nosso objetivo foi analisar a ecoepidemiologia de envenenamento ofídico no Sul do Brasil. Avaliamos a presença de serpentes peçonhentas e a distribuição espaço temporal do envenenamento ofídico no entre 2007 e 2020 no Sul do Brasil e as interações climáticas e de uso e cobertura que influenciam a incidência do envenenamento nesta macrorregião brasileira. No primeiro capítulo contabilizamos 28.153, a maioria destes foram de Bothrops spp. O Rio Grande do Sul foi o estado com maior número de notificações, mas Santa Catarina obteve a maior incidência média. Florianópolis foi o município do Sul com maior número de casos. Houve uma diferença estatística entre estações climáticas, os meses mais quentes tiveram os picos de notificação. Foram encontradas áreas com alta incidência de envenenamento ofídico e alta presença de serpentes peçonhentas. Acidentes crotálicos se concentraram no norte do Paraná, que obteve o maior número, apesar das notificações do acidente estarem presentes em todos os estados. Santa Catarina apresentou o maior número de envenenamento por elapídeos entres os estados da região. Apenas 23 municípios sulistas não tiveram registros de acidentes ofídicos, todos os de Santa Catarina já tiveram casos notificados de envenenamento por serpente.. No segundo capítulo encontramos que uma mistura de fatores de uso e cobertura de terra e clima foram o que melhor explicaram a influência ambiental na incidência de envenenamento ofídico na Região Sul. Agricultura e pastagem apresentaram efeitos negativos para a incidência total. A cobertura natural obteve uma relação positiva com a incidência de envenenamento total. A precipitação apresentou uma relação positiva com a incidência de envenenamento ofídico, a temperatura máxima do mês mais quente também foi positivamente correlacionada. Temperatura mínima e precipitação do mês frio tiveram uma associação negativa, junto à isotermalidade. A influência dos fatores climáticos e de uso de terra apresentaram diferenças entre os gêneros de importância médica. Envenenamento por Bothrops spp. e Micrurus spp. foram negativamente afetados por área de pastagem, enquanto a incidência de acidentes com C. durissus apresentou uma relação positiva com a área de pastagem. O envenenamento por serpentes apresentou respostas variadas para fatores climáticos e uso e cobertura de terra no Sul do Brasil. Os resultados encontrados poderão ser usados para guiar futuros estudos sobre serpentes na região e o planejamento de estratégias para a prevenção e mitigação de acidentes ofídicos