Biomedicina

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Eficácia da criolipólise para gordura localizada
(2022-12-13) Ternes, Brenda Souza; Oliveira, Eduarda Paula de; Soares, Isadora Feller
O tecido adiposo forma uma camada abaixo da pele, na hipoderme, no qual se encontra o predomínio de adipócitos, um tipo de célula que acumula gotículas de lipídios em seu citoplasma. A técnica de criolipólise foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, sendo um método não invasivo, que utiliza baixas temperaturas para eliminar a gordura localizada, não necessitando de anestesia ou qualquer substância injetável. É indicado para pessoas que apresentem gordura localizada, não o sobrepeso. É um método seguro e bem eficaz na redução de medidas localizadas, em áreas como abdômen, joelhos, flancos, parte interna das coxas, costas e braços, sendo uma boa alternativa para a redução de tecido subcutâneo em pacientes com gordura moderada. Estudos realizados até o presente momento indicam que com a criolipólise convencional atingi-se um resultado de 25 a 30% de perda da gordura localizada. A Criolipólise de contraste tem um resultado de 40 a 45% de perda em média. O objetivo deste trabalho foi verificar os resultados da criolipólise na gordura localizada. A presente pesquisa resultou em cinco (5) artigos científicos publicados entre os anos de 2019 a 2022, nas revistas PubMed e Lilacs. Estes artigos por sua vez possuem como objetivo descrever a ação da criolipólise, relatando sua eficácia em relação à gordura. Podemos concluir que a criolipólise mostrou-se segura e eficaz em todos os artigos citados nesse estudo. Portanto, esse procedimento é um método novo e eficaz para a redução da gordura subcutânea local não invasiva, com apoptose de adipócitos induzida pelo frio e altamente seletiva como princípio principal sem prejudicar os tecidos circundantes. Vários estudos pré-clínicos em animais e ensaios clínicos mostraram a eficácia deste tratamento na redução do excesso de gordura com resultados consistentes em muitas populações.
Sistemas de entrega moderada de compostos canabinóides para doenças neurodegenerativas através de nanopartículas
(2022-12-13) Schwartz, Dauana; Santos, Anna Gabriela
Introdução: As nanopartículas para fins farmacológicos são estruturas coloidais sólidas e macromoleculares onde o princípio ativo é solubilizado e encapsulado. Ao que se refere à doenças do foro neurodegenerativo, a intransponível barreira hematoencefálica (BHE) é um obstáculo majoritário para a permeação de drogas – incluindo neurológicas, citostáticas, antibióticos, etc. A neurodegeneração acomete as características, atribuições, estruturas ou subsistência de neurônios inerentes ao Sistema Nervoso Central (SNC). Mediante a alta complexidade do SNC, patologias neurológicas são, sobretudo, desafiadoras. Neste sentido, compostos derivados da cannabis demonstraram limitar a ação dos estímulos citotóxicos mediados pela neurodegeneração, com um limiar voltado para a disfunção mitocondrial, stress oxidativo e inflamação.Objetivo: Revisar a literatura científica quanto a utilização dos metabólitos da cannabis sativa em doenças de perfil neurodegenerativas, visando o potencial de ação e modulação através da interação dos sistemas endocanabinóides e Sistema Nervoso Central (SNC), mediante a utilização de nanopartículas como carreadores de fármacos. Metodologia: Os critérios utilizados para escolha dos artigos foram estudos modernos que relacionam a nanotecnologia, compostos canabinóides e doenças neurodegenerativas, publicados entre 2014 a 2022. Foram excluídos artigos cujos dados não contemplavam o enfoque temático e que o idioma não fosse português ou inglês. Resultados e Discussão: A administração via nasal para atingir o cérebro em estudos pré-clínicos se mostrou eficiente na concentração de drogas no cérebro. Nanopartículas lipídicas sólidas (NLCs) e poliméricas foram comparadas mediante a entrega de drogas no cérebro, e as NLCs apresentaram maior eficiência, elucidando um potencial das nanoformulações em suplantar as limitações da baixa solubilidade, absorção e biodisponibilidade de cannabis e canabinóides. Conclusão: No entanto, as limitações encontradas precisam ser abordadas para possibilitar o seu uso, melhorando as propriedades físico-químicas e farmacocinéticas das nanopartículas com CBD, para que as formulações possam elevar o nível de segurança e eficácia. A engenharia biomédica busca novos biomateriais para melhorar a qualidade de vida e a saúde do ser humano, utilizando tecnologias, manipulando propriedades químicas e moleculares a fim de relacionar e aumentar a biocompatibilidade de drogas emergentes com potencial terapêutico aprimorado e responsivo a estímulos fisiológicos.
As principais intercorrências observadas na utilização do Ácido Hialurônico para rejuvenecimento facial: Uma revisão integrativa
(2022-06-29) Cordeiro, Camila Camargo; Jacomel, Luana Cassia Celzosk; Tonet, Marluce Janara França; Monje, Geiza Thaiz Dominguez
A busca por procedimentos estéticos que retardam o envelhecimento, promoveu uma grande expansão destes. Que visam rejuvenescer, principalmente a região facial, visto que esta é a que mais sofre influência de fatores que acarretam o envelhecimento. Além disso, dentre os diversos procedimentos disponíveis no mercado, o ácido hialurônico é um dos mais utilizados mundialmente por ser um componente natural do nosso organismo, oferecendo segurança. Contudo, por sua finalidade estética, o produto não está exímio de intercorrências, podendo essas serem imediatas ou tardias. Objetivo: o estudo teve como objetivo apresentar as principais intercorrências relatadas na literatura voltadas ao ácido hialurônico. Metodologia: O estudo foi conduzido no formato de revisão integrativa de literatura, o qual se buscou nas bases de artigos BVS, Scielo, Google Acadêmico e Pubmed, no período entre 2016 a 2022, publicações relacionadas a temática. Nos resultados da busca foram identificados 1839 achados, e, após um processo de triagem, foram incluídos no estudo 7 artigos. Resultados: O estudo apontou que há uma grande variedade de intercorrências relacionada a utilização do ácido hialurônico sendo as mais leves: hematomas e edemas e nos casos mais graves: complicações venosas e cegueira. Conclusão: O principal aspecto relacionado as complicações é a aplicação incorreta do produto na região da face devido à falta de conhecimento anatômico.
A influência do eixo microbiota-intestino-cérebro nos transtornos de humor: ansiedade e depressão
(2022-06-23) Cintia Anchieta; Milena Matias Xavier
Introdução: A microbiota intestinal humana é composta por um complexo e diversificado ecossistema bacteriano que vive simbioticamente com seu hospedeiro. A microbiota intestinal possui grande participação no processo saúde-doença dos seres humanos, e sua disbiose pode estar associada a doenças como autismo, Parkinson, esquizofrenia e Alzheimer e também nas desordens mentais da ansiedade e depressão. Pesquisas recentes têm confirmado a existência da comunicação e da influência da microbiota sobre o cérebro, através do eixo microbiota-intestino-cérebro. Uma complexa via de sinalização se forma pelo eixo microbiota-cérebro, integrando importante centros cerebrais e influenciando as respostas comportamentais e estímulos de estresse, ansiedade e depressão. Objetivos: Este trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos e a influência da microbiota intestinal nos transtornos da ansiedade e depressão. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, que possibilita uma análise sobre pesquisas desenvolvidas sobre o tema. Foram selecionados artigos científicos disponíveis nas bases de dados virtuais em saúde, publicados entre os anos 2012 a 2022. Resultados e discussão: Alguns estudos com fezes humanas de pacientes ansiosos e deprimidos mostraram diversidade do ecossistema em relação a pacientes controle e alguns estudos em camundongos gnotobióticos revelaram alterações cognitivas significativas relacionadas a ansiedade e depressão. Produtos secundários do metabolismo bacteriano como serotonina, acetilcolina, GABA, dopamina e noradrenalina também causam influência no eixo microbiota-intestino-cérebro. Conclusão: A disbiose no ecossistema da microbiota, revela que tais alterações podem influenciar nas funções cognitivas, incluindo comportamento ansioso e depressivo. Compreender como podemos modular a microbiota intestinal em função da melhora da saúde, faz com que se abra novos campos para pesquisas e possíveis tratamentos alternativos à medicação farmacológica.
A Associação entre disfunções da microbiota intestinal e o Transtorno do Espectro Autista
(2021-12-08) Castelhano, Diego Rodrigues; Melo, Isabela de Souza Escolástico; Silva, Thais Ellen de Ramos
Introdução: O transtorno do espectro autista (TEA) é uma disfunção do neurodesenvolvimento que pode variar entre leve e severo de acordo com o comprometimento do paciente. É caracterizado por alterações de comunicação, cognição e relacionamento social. Objetivo: Avaliar a associação das disfunções da microbiota intestinal na intensificação da sintomatologia do TEA. Identificar e classificar os principais microrganismos presentes nas conexões cérebro-intestino em pacientes portadores. Metodologia: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, desenvolvido por meio de uma pesquisa científica a fim de possibilitar o conhecimento sobre o assunto. Nosso principal foco foi o estudo da correlação entre os microrganismos e o TEA, juntamente com os sinais e sintomas. Resultados: Os participantes com TEA tiveram uma abundância menor de Akkermansia, Bacteroides, Bifidobacterium, E. coli e Enterococcus, e uma abundância maior de Faecalibacterium e Lactobacillus, e uma abundância ligeiramente aumentada de Ruminococcus e Clostridioides. Conclusão: Embora haja discrepâncias entre as classes de microrganismos presentes, os estudos pesquisados revelaram associações entre a patogênese da doença e sintomas gastrointestinais.
Infecção relacionada à assistencia à saúde: aspectos do impacto da resistência bacteriana
(2021-12-08) Mota, Jelson Antonio Alves; Rocha, Vitoria Correa
Introdução: As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) impactam de forma negativa na qualidade e na evolução dos serviços de atenção à saúde, reconhecido como um problema de saúde pública. Objetivo: Analisar os aspectos mais relevantes da resistência bacteriana no contexto da IRAS. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que ocorreu entre setembro e novembro de 2021 e foram utilizados estudos disponíveis nas bases de dados Lilacs, Pubmed e Scielo publicados em português e inglês no período de 2015 a 2021. Resultados e Discussões: a utilização de forma indiscriminada e sem a orientação adequada de um profissional, eleva significativamente a resistência bacteriana. Além disso, o seu enfrentamento envolve também a percepção do cenário de vários setores da sociedade, pois a partir da restrição ao uso comunitário de medicamentos pode reduzir IRAS por microrganismos resistentes, principalmente em ambiente hospitalar cuja resistência microbiana é agravada por diferentes fatores, como fragilidade das condições de saúde dos pacientes e proximidade dos leitos. Conclusão: Por ser um problema recorrente, enfatiza-se o papel da vigilância epidemiológica que deve atuar de forma constante e rigorosa, exigindo uma atenção redobrada de todos os profissionais de saúde, da administração e da Comissão de Controle de IRAS, além da própria sociedade e dos órgãos de gestão pública, visando a mudança de hábitos em relação a prática da automedicação.
Controle de dopagem em atletas transgêneros femininos e mulheres com produção endógena de testosterona.
(2021-12-08) Rossi, Camila Maria; Neumann, Tiessa Buerger
Introdução: Os jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020 fazem-se um tema principal de abordagem do assunto após entrar para a história como os primeiros a contarem com a participação de atletas transgêneros, após o COI em 2015 retirar a exigência de que atletas transgêneros precisasse se submeter a cirurgia de mudança de gênero. A atual política do COI sobre atletas transexuais declara que é necessário garantir, na medida do possível, que os atletas trans não sejam excluídos da oportunidade de participar de competições esportivas. No entanto, a política também afirma que o objetivo esportivo primordial é e continua sendo a garantia de uma competição justa. Objetivo: O objetivo deste trabalho é descrever e compilar dados a respeito dos parâmetros para exclusão de atletas no sistema antidoping, focado na avaliação hormonal. Reformulando os moldes para inserção de atletas transgêneros, ampliando a possibilidade de uma diversidade para todos os atletas. Retratando a evolução nos estudos do corpo humano e seus metabólitos, visando a possibilidade de novas formas de aprimoramento físico. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa na literatura, com início em agosto de 2021 e término em dezembro deste ano. Foram utilizados estudos disponíveis nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (PUBMED), Science Direct, Motrivivência (Revista de Educação Física, esporte e lazer), publicados entre os anos de 2015 até 2020 (visando a nova normativa do COI). Resultados e Discussões: Foi possível avaliar que a influência da testosterona no homem, ou relacionada ao doping repercute no aumento de massa muscular, força, medidas antropométricas e níveis de hemoglobina, gerando diferenças fisiológicas que favorecem em determinadas modalidades esportivas. Com a inclusão de atletas transgêneros, uma das principais determinações do COI é que haja uma igualdade na competição, permitindo assim uma inclusão de novos atletas, e possibilitando o estudo para a criação de novas categorias e modalidades esportivas. Conclusão: A partir deste artigo que a inclusão de atletas com produção endógena e atletas transgêneros, gera uma nova percepção e discussão sobre a legislação vigente a quantidade permitida de testosterona e outros hormônios para que se ocorra uma adequabilidade na inclusão dos atletas, continuando a proporcionar a mesma competitividade sem permitir que haja um favorecimento. Também é preciso avaliar que diferentes modalidades esportivas se diferem em termos fisiológicos (força, velocidade, flexibilidade etc).

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