Crianças e a justiça: os critérios utilizados pelos profissionais na definição do guardião em casos de separação conjugal envolvendo crianças

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Data

2019

Tipo de documento

Artigo Científico

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Área do conhecimento

Ciências Humanas

Modalidade de acesso

Acesso fechado

Editora

Autores

Souza, Karoline Gonçalves Waltrick de

Orientador

Cascaes, Neide

Coorientador

Resumo

A presente pesquisa teve como objetivo geral investigar os critérios utilizados pelos profissionais para a definição do guardião em casos de separação conjugal envolvendo crianças, principalmente no tocante às questões emocionais destas crianças. A pesquisa foi aplicada através de uma entrevista semiestruturada com profissionais diretamente envolvidos com definição de guarda de filhos, em casos de separação conjugal, sendo profissionais da área da Psicologia, do Direito (juiz, promotor e advogado) e do Serviço Social, e foi realizada em duas cidades do sul de Santa Catarina. Foram investigados os seguintes aspectos: como é trabalhar com casos de separação conjugal envolvendo crianças; como é feita a análise dos casos para definir o “melhor” guardião; em que casos a criança é ouvida; se, no contato com a criança, conseguem perceber os aspectos emocionais delas e os aspectos emocionais dos pais; como definem a forma da guarda desta criança; se é sugerido acompanhamento psicoterápico após a definição; e o que poderiam fazer de diferente em sua prática. A análise dos resultados evidencia que alguns profissionais entrevistados trabalham de forma similar em alguns critérios, relatam que trabalhar com separação conjugal envolvendo crianças é sempre delicado, a maioria faz a escuta da criança, exceto um profissional, por dificuldade em lidar com crianças. Todos relatam que conseguem perceber aspectos emocionais das crianças e dos pais, com exceção de um profissional, que acredita não ser relevante. No que se refere à guarda, é feita análise dos casos, seja via trabalho multidisciplinar, ou não, dependendo de cada caso. Oito dos entrevistados relatam que já fizeram sugestões para acompanhamento psicoterápico e percebem a necessidade, exceto um entrevistado, que menciona nunca ter feito, mas que pretende fazer sempre que perceber a necessidade. No que se refere às novas práticas, alguns relatam que já estão fazendo algo diferente, outros pretendem implementar novas e inovadoras técnicas. A realização desta pesquisa proporcionou uma experiência muito significativa, visto que se pôde verificar as condutas e posturas profissionais, o respeito pelas diversas competências, e também a falta de orientação, ou desconhecimento das necessidades de avaliação dos aspectos emocionais e subjetivos do ser humano em profissões jurídicas.

Palavras-chave

Separação conjugal, Guarda, Crianças

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