A navegação aérea e o controle de tráfego aéreo no Brasil: desafios e paradoxos da gestão militar em um meio civil

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Data

2018

Tipo de documento

Artigo Científico

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Área do conhecimento

Ciências Sociais Aplicadas

Modalidade de acesso

Acesso embargado

Editora

Autores

Araujo, Márcio Luis Nogueira

Orientador

Ghünter, Helen Fischer

Coorientador

Resumo

Este artigo teve como objetivo descrever e fazer compreender os contrastes que envolvem a gestão militar dos Serviços de Navegação Aérea (SNA) pela Força Aérea Brasileira (FAB), em especial do Controle de Tráfego Aéreo (ATC), apresentando os paradoxos entre a cultura organizacional militar instituída nos órgãos ATC do país e a cultura profissional requerida para o desempenho satisfatório da atividade de Controle de Tráfego Aéreo, eminentemente civil. O método de pesquisa compreendeu consultas a fontes secundárias e terciárias e, apesar de não ter sido adotada a abordagem etnográfica como método de coleta de dados, assumiu um viés de pesquisa interpretativa ao considerar a vivência profissional (experiência etnográfica) do pesquisador, imerso no ambiente militar dos órgãos ATC por mais de trinta anos. Como resultado, foi possível descrever e explicitar o dualismo que envolve a atividade militar e atividade de controle de tráfego aéreo, sobretudo considerando que os Controladores de Tráfego Aéreo constituem a classe de militares subalternos (sargentos e suboficiais), doutrinados a cumprir, sem contestação, as ordens emanadas dos superiores hierárquicos, condição diametralmente oposta às características atitudinais e comportamentais necessárias ao exercício da atividade ATC. Desse modo, a pesquisa permite deduzir que a gestão brasileira dos SNA é ultrapassada e atípica se comparada com a comunidade internacional de aviação civil e propõe um modelo de gestão civil.

Palavras-chave

Força Aérea Brasileira, Controle de tráfego aéreo, Gestão militar

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