Infância e aprendizagem: um estudo sobre a patologização no âmbito escolar
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Data
2021-06
Tipo de documento
Artigo Científico
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Humanas
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Aguiar, Arla Gleice
Orientador
Bomfim, Adriana Pereira
Coorientador
Resumo
Este estudo objetivou analisar, a partir de produções científicas, os possíveis efeitos que a patologização escolar podem trazer à vida e à aprendizagem da criança. Em complementaridade, também, pretendeu-se discutir sobre a origem e perpetuação da patologização da aprendizagem, refletir acerca do papel da Psicologia nesse âmbito, pesquisar acerca da medicalização infantil como consequência dessa lógica e analisar os principais achados das pesquisas encontradas, tendo em vista os estudos mais recentes acerca desse recorte. Trata-se de uma revisão de literatura de natureza exploratória, na qual foram analisados artigos científicos e indexados na última década, entre 2010 e 2020, em bases de dados como Scielo, Pepsci, Lilacs, dentre outras. A busca identificou 2.049 (dois mil e quarenta e nove artigos) a partir dos descritores utilizados, dentre os quais foram analisados 10 (dez) trabalhos, por maior aproximação com o recorte dessa investigação. A partir da análise de conteúdo, evidenciou-se, dentre outros aspectos, a rotulação e estigmatização das crianças enquadradas na lógica patologizante e os riscos decorrentes do uso de tratamentos medicamentosos, que se mostrou excedente nos últimos anos. Os resultados também apontaram o importante papel da psicologia enquanto uma ferramenta de desconstrução da lógica biologizante e da normalização, sendo ela capaz de fomentar discussões acerca da singularidade dos sujeitos no âmbito escolar e em toda a sociedade. E, ainda, possibilitando a construção de novas visões e práticas não medicalizantes a fim de preservar a saúde e qualidade de vida da criança em seu processo de aprendizagem.
Palavras-chave
Aprendizagem, Patologização, Infância, Fracasso escolar, Medicalização infantil