VETWEB: riscos da automedicação em “pets” na era da tecnologia
Carregando...
Data
2021
Tipo de documento
Monografia
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências Agrárias
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Santos, Bruno Andrade
Orientador
Eiras, Daiane Novaes
Coorientador
Resumo
Ao longo da história, a relação entre os homens e os animais passou por diversas
transformações. Esses seres que, nos tempos remotos, eram usados apenas para
fins utilitários, passaram a ter um valor sentimental enorme na vida das pessoas,
adentrando, significativamente, nos lares brasileiros e também passando a integrar a
conjuntura familiar. Hoje em dia, os pets são considerados por seus tutores como
membros da família e, consequentemente, passaram a receber um tratamento similar
aos humanos. Além do uso de roupinhas, acessórios, brinquedos e outros utensílios,
os pets também são alvo do uso de medicamentos humanos e veterinários por seus
tutores sem prescrição de um profissional qualificado. Diante disso, percebe-se que a
automedicação, que é um problema frequente da medicina humana, também ocorre
com frequência entre os proprietários de pequenos animais. Todavia, esta prática traz
consigo diversas consequências, já que os cães e os gatos possuem as suas
particularidades anatômicas e fisiológicas diferentes do ser humano. Assim, este
trabalho teve como objetivo avaliar os fenômenos envolvidos na prática da
automedicação em pets, enfatizando a influência da Internet neste ato. Além disso,
buscou-se investigar quais os riscos que a automedicação dos pets, através de
informações disponíveis na internet, pode trazer para a saúde desses animais. Após
uma ampla revisão de literatura, do tipo integrativa, pôde-se perceber que as
principais fontes de informação para a automedicação em pets são a experiência
própria do dono; os parentes, amigos e familiares; e os farmacêuticos. Já com relação
à influência da internet na automedicação em pets, foi evidenciado que ela é a
principal fonte de informação para até 23,3% dos tutores de cães e gatos. Esse
percentual é bastante considerável e tende a aumentar nos próximos anos, uma vez
que os indivíduos estão cada vez mais conectados à rede e, provavelmente, buscarão
ainda mais informações sobre saúde animal neste ambiente. Nesse sentido, este
trabalho buscou enfatizar que medicar animais é uma atribuição exclusiva do médico
veterinário, além do que, realizar a automedicação sem orientação deste profissional,
baseando-se somente em informações da web, pode ser muito prejudicial, devido à
falta de rigor científico e confiabilidade da maioria dos sites e plataformas virtuais.
Notou-se que os principais riscos de automedicar são as interações medicamentosas,
as reações alérgicas, a resistência dos microrganismos e, principalmente, as
intoxicações, que possuem uma alta prevalência na clínica médica de pequenos
animais. É necessária, portanto, uma maior conscientização da população sobre este
ato, bem como uma fiscalização e uma legislação mais rígidas, que proíbam a venda
de medicamentos humanos e veterinários sem receituário médico.
Palavras-chave
Automedicação, Internet, Intoxicações, Humanização dos animais