Impactos ambientais, sociais e econômicos da exploração do gás de xisto por “fracking”

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Data

2021

Tipo de documento

Dissertação

Título da Revista

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Área do conhecimento

Ciências Sociais Aplicadas

Modalidade de acesso

Acesso aberto

Editora

Autores

Carpejani, Gabriela

Orientador

Andrade Guerra, José Baltazar Salgueirinho Osório de

Coorientador

Resumo

Em um cenário mundial de constante volatilidade, o papel da indústria do petróleo e do gás no desenvolvimento sustentável deve ser pautado em atender às necessidades da sociedade global através de um uso racional destas matérias a um custo razoável, com segurança e com impacto mínimo no meio ambiente até que fontes alternativas de energia sustentáveis estejam disponíveis. Todavia, a exploração do gás de xisto pelo método de extração “Fracking” pode gerar impactos negativos de ordem ambiental, econômica e social. Neste contexto, faz-se necessário uma análise das consequências dessa atividade. O objetivo deste estudo, portanto, foi compreender, sob a ótica do tripé da sustentabilidade (ambiental, econômica e social), como esses impactos podem atingir a sociedade e seu espaço. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, na forma de estudo de caso. Para atender a problemática central, utilizou-se dois métodos de coleta de dados. Primeiramente realizou-se uma revisão bibliográfica nas bases de dados internacionais, sendo estas a ScienceDirect e a Web of Science. Por resultados foram desenvolvidas categorias de análise, com base nas três dimensões da sustentabilidade (ambiental, econômica e social), para elencar os principais riscos envolvidos nesta atividade que foram divididos em impactos na água, ar e solo, riscos econômicos e sociais. Conseguinte, a segunda etapa de coleta foi uma amostra intencional que ocorreu através da obtenção de 9 entrevistas com os representantes locais da esfera governamental, ONGs e comunitários locais dos 5 municípios (Itaiópolis, Canoinhas, Mafra, Irineópolis e Papanduva) que fazem parte da região do Planalto Norte Catarinense, no Estado de Santa Catarina – Brasil. Além disso, realizou-se mais 3 entrevistas com os representantes nacionais, de ONGs, comunidade científica, e integrantes do movimento “Não Fracking Brasil”. Como técnica de análise documental dos dados, utilizou-se a abordagem preconizada por Bardin (2011). Com os resultados foi possível compreender a percepção da comunidade para esta atividade e os possíveis impactos negativos na exploração do gás de xisto por “Fracking” na região e sua relação com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, além de propor recomendações. Concluiu-se que o processo de extração é um retrocesso e vai contra aos investimentos em tecnologia limpas e renováveis, sobretudo, trará um passivo de legado sem precedentes.

Palavras-chave

Exploração do gás de xisto, “Fracking”, Impactos Negativos do Xisto, Tripé da Sustentabilidade, Energia

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