Interações medicamentosas entre psicofármacos utilizados por pessoas com dependência química
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Data
2019
Tipo de documento
Dissertação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Área do conhecimento
Ciências da Saúde
Modalidade de acesso
Acesso aberto
Editora
Autores
Nascimento, Diego Zapelini do
Orientador
Trevisol, Fabiana Schuelter
Coorientador
Resumo
Background: Using psychiatric drugs to treat drug dependence and its comorbidities is very common. Objective: The aimed of this study was to analyze the interactions between prescribed drugs for patients treated at a specialized mental health care center for drug addicts from 2010 to 2018 located in southern Brazil. Methods: A cross-sectional study was conducted on secondary data collected. We reviewed the medical records of patients aged 18 years or older who took psychotropic drugs and had any type of substance dependence. The analysis of psychotropic drug interactions was conducted in three databases: Medscape, Drug Interactions Checker, and Micromedex. The collected data were entered into the EpiData v.3.1 software. Statistical analysis was performed by using the IBM SPSS v.21 statistics software The Pearson‟s Chi-square test was used to test significant associations
between each independent variable and the outcome studied, adjusted for potential confounding variables, using modified Poisson regression models. A P-value < 0.05 was considered statistically significant. Results: We included 1,022 of the 2,322
patients attending the care center during the study period. Psychotropic drug interactions were found in 779 (76.4%) study participants, and they presented 2,292 (100%) interactions, out of which 136 (6.0%) had minor clinical risk, 537 (23.4%) had
moderate risk, and 1,619 (70.6%) had major risk for the patient, totaling 172 incompatible combinations between two psychotropic drugs. Of the total number of interactions, 128 were pharmacokinetic and 44 were pharmacodynamic. Among the 1,020 participants, 515 (50.5%) were dependent on alcohol, 310 (30.4%) were dependent on tobacco, and 238 (46.2%) were dependent on both drugs. We found 1,099 (215.5%) interactions between psychoactive drugs and alcohol and 160 (51.6%) interactions between psychoactive drugs and tobacco. There was an association between advanced age and alcohol dependence (p <0.001). Conclusion: The high number of psychotropic drug interactions is a serious public health issue. Psychopharmacological treatment should be carefully addressed to be safe for the patient.
Introdução: O tratamento com psicofármacos é frequente no tratamento da dependência química e suas comorbidades. Objetivo: Analisar as interações entre psicofármacos prescritos para pacientes atendidos em um serviço especializado em saúde mental para dependentes químicos entre 2010 a 2018 localizado no Sul do Brasil. Métodos: Foi realizado um estudo transversal com coleta de dados em banco secundário. Foram incluídos e revisados os prontuários dos participantes com os psicofármacos em uso com idade igual ou maior que 18 anos com qualquer tipo de dependência química. As interações foram analisadas em três bases de dados: Medscape, Drug Interactions Checker e Micromedex. Os dados coletados foram inseridos no software EpiData, versão 3.1 e a análise estatística foi realizada utilizando o software SPSS v.21.0. Para a análise de associação entre as variáveis de interesse foi utilizado o teste qui-quadrado de Pearson e posteriormente, ajustadas para potenciais variáveis de confusão, utilizando modelos de regressão de Poisson com estimador robusto. Um valor de p <0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: Dos 2.322 pacientes acolhidos, foram incluídos 1.020 participantes. Foram encontrados 779 (76,4%) participantes com interações entre psicofármacos, os quais apresentaram 2.292 (100%) interações, sendo 136 (6,0%) de risco clínico menor, 537 (23,4%) moderado, e 1.619 (70,6%) de risco clínico maior para o paciente, totalizando 172 combinações incompatíveis entre dois psicofármacos. De todas estas, 128 interações eram farmacocinéticas e 44 farmacodinâmicas. Do total de participantes, 515 (50,5%) eram dependentes de álcool e 310 (30,4%) dependentes de nicotina, sendo que 238 (46,2%) eram dependentes de ambas as drogas. Foram encontradas 1.099 interações entre psicofármacos e álcool e 160 interações entre psicofármacos e nicotina. Houve associação entre idade avançada e dependência de álcool (p<0,001). Conclusão: O elevado número de interações medicamentosas entre psicofármacos representa sério problema de saúde pública. O tratamento psicofarmacológico precisa ser abordado de maneira segura para o indivíduo.
Introdução: O tratamento com psicofármacos é frequente no tratamento da dependência química e suas comorbidades. Objetivo: Analisar as interações entre psicofármacos prescritos para pacientes atendidos em um serviço especializado em saúde mental para dependentes químicos entre 2010 a 2018 localizado no Sul do Brasil. Métodos: Foi realizado um estudo transversal com coleta de dados em banco secundário. Foram incluídos e revisados os prontuários dos participantes com os psicofármacos em uso com idade igual ou maior que 18 anos com qualquer tipo de dependência química. As interações foram analisadas em três bases de dados: Medscape, Drug Interactions Checker e Micromedex. Os dados coletados foram inseridos no software EpiData, versão 3.1 e a análise estatística foi realizada utilizando o software SPSS v.21.0. Para a análise de associação entre as variáveis de interesse foi utilizado o teste qui-quadrado de Pearson e posteriormente, ajustadas para potenciais variáveis de confusão, utilizando modelos de regressão de Poisson com estimador robusto. Um valor de p <0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: Dos 2.322 pacientes acolhidos, foram incluídos 1.020 participantes. Foram encontrados 779 (76,4%) participantes com interações entre psicofármacos, os quais apresentaram 2.292 (100%) interações, sendo 136 (6,0%) de risco clínico menor, 537 (23,4%) moderado, e 1.619 (70,6%) de risco clínico maior para o paciente, totalizando 172 combinações incompatíveis entre dois psicofármacos. De todas estas, 128 interações eram farmacocinéticas e 44 farmacodinâmicas. Do total de participantes, 515 (50,5%) eram dependentes de álcool e 310 (30,4%) dependentes de nicotina, sendo que 238 (46,2%) eram dependentes de ambas as drogas. Foram encontradas 1.099 interações entre psicofármacos e álcool e 160 interações entre psicofármacos e nicotina. Houve associação entre idade avançada e dependência de álcool (p<0,001). Conclusão: O elevado número de interações medicamentosas entre psicofármacos representa sério problema de saúde pública. O tratamento psicofarmacológico precisa ser abordado de maneira segura para o indivíduo.
Palavras-chave
Interações medicamentosas, Efeitos colaterais relacionados às drogas e reações adversas, Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias, Saúde mental, Farmacovigilância